Viagem de moto até Bonito – 2º dia

A ideia para esse dia era passar por Campo Grande para registrar a “conquista” da capital do Mato Grosso do Sul e chegar a Bonito no fim da tarde. Para isso seria necessário percorrer os 950 km que me separavam do destino do dia.

Passavam poucos minutos das 7h30 quando peguei estrada. O calor já era forte no início da manhã, chegando quase aos 30°C e foi aumentando vertiginosamente durante o dia. A temperatura mais elevada do dia eu encontrei na cidade de Bataguassu. 47°C na sombra, por volta de 12h20. O vento que batia no meu corpo parecia vir de um secador de cabelos. Um horror. A temperatura deixava a viagem muito cansativa.

Viagem de moto Bonito

Continuei viagem pela Transbrasiliana, depois percorri trechos das rodovias Assis Chateaubriand (SP-425), Marechal Rondon (SP-300) e Rodovia Euclides de Figueiredo (SP-563). Neste percurso pelas estradas do interior de São Paulo eu paguei R$ 16,55 de pedágio em 6 praças.

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Depois de passar por Paulicéia, cheguei à divisa entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde parei sobre a bonita ponte que atravessa o rio Paraná para registrar a entrada no único estado que faltava no meu currículo de viajante de moto.

Viagem de moto até Bonito

Viagem de moto Bonito

Depois de atravessar a ponte, entrei em uma área de proteção ambiental. Passei por um motociclista parado no acostamento fotografando alguma coisa com seu celular. Diminuí a velocidade e vi que era um veado campeiro pastando tranquilamente não muito longe da estrada. Parei, peguei a câmera e tirei uma foto do animal também. Segundo o rapaz, todos os dias ele passa por aquele lugar o vê uma família desses animais. Desta vez só tinha um.

Viagem de moto até Bonito

A primeira cidade do Mato Grosso do Sul foi Brasilândia. Dela segui pela MS-395, depois pela BR-267 e BR-163 até Campo Grande. Nesse trajeto passei apenas por uma praça de pedágio, na BR-163, onde paguei R$ 3,90. As estradas estavam razoáveis, a maior parte com pistas simples e muitas retas que facilitaram as ultrapassagens.

A paisagem era marcada principalmente por pastagens de gado e grandes extensões de lavoura de cana de açúcar já colhida, dando um tom de palha ao horizonte.

O consumo de combustível aumentou e a moto passou registrar cerca de 16, 17 km/l. Não sei dizer se foi por causa da qualidade da gasolina.

Por volta das 16h30 o tempo ficou fechado. Em determinado momento o vento ficou muito forte e começou a cair raios. Eu passava perto de um posto de combustível abandonado, então resolvi parar sob sua cobertura para me abrigar. Foi o tempo de parar e descer da moto para o céu cair. Vento fortíssimo, que carregou telhas e objetos que havia nas redondezas. Raios e trovões caíram perto. Deu medo. Choveu forte também. Mesmo debaixo da cobertura do posto, me molhei por causa do vento.

A chuva reduziu. Me preparava para retomar viagem quando um motociclista chegou com o filho na garupa. Vinham de Campo Grande e iam para a Serra do Rio do Rastro. Disseram que a tempestade os pegou na estrada e foi tenso.

Despedi dos viajantes e fui para a estrada.

Pouco depois voltou a chover, mas como não era forte como havia ocorrido antes, continuei viagem, sem mesmo colocar a capa de chuva. A temperatura caiu para 22°C. Agora comecei a sentir frio.

Cheguei a Campo Grande por volta das 17h30, com chuva. Resolvi ficar na cidade. Procurei um hotel próximo e me hospedei. Mais tarde fui a um restaurante onde tomei uma cerveja e comi iscas de peixes.

Mapa Viagem de moto até Bonito

Foram 830 km percorridos no dia.

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