24º dia – Los Andes – Mendoza

Procurei me abstrair da notícia que recebi ontem sobre a morte do meu amigo Marcelo, mas não teve jeito. Pensei muito a respeito durante a noite e a conclusão é que temos que aproveitar a vida e realizar os nossos sonhos enquanto estamos aqui, com saúde. No meu caso, fazendo minhas viagens de moto. Se não fizer enquanto pode, depois será tarde.

De qualquer forma, resolvi seguir viagem. Decidi que iria tentar andar o máximo que pudesse nesse dia e não pararia em Mendoza como havia planejado. Por volta das 18 horas começaria a procurar um hotel para pernoitar, próximo de onde estiver.

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Quando saí para a estrada o sol ainda não havia saído na linha do horizonte e já fazia calor em Los Andes. Eu vestia a calça de segunda pele sob a calça de cordura e também a jaqueta de verão. Mas como conhecia esse trecho da cordilheira dos Andes, sabia que, quando ganhasse altitude, a temperatura iria baixar, por isso deixei o restante das peças de segunda pele e a jaqueta de cordura no alforje, para pegar quando esfriasse.

Viagem de moto Argentina - Chile

E esfriou mesmo. Depois de alguns quilômetros, comecei a procurar um lugar para parar e trocar as jaquetas. Foi assim que vi no acostamento três motos com os motociclistas catarinenses Patrick e Sara, Gilmar e Débora e Alencar. Parei e cumprimentei-os. Estavam vindo do Atacama. O diário da viagem deles está sendo publicado no blog www.insetonocapacete.com. Enquanto pegava a jaqueta, um dos motociclistas, o Patrick, perguntou: -“Você é o cara do livro A caminho do céu?”. – “Sou eu mesmo.” – “Gostei muito do seu livro. Vamos tirar uma foto?”.

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Eles seguiram viagem, eu troquei as jaquetas e segui também. Nos encontramos novamente na subida dos Caracoles e na aduana.

Pela primeira vez eu vi os Caracoles de dia. Da vez anterior que havia passado aqui já tinha anoitecido. O visual é bem legal.

Quase passei pela entrada do Parque Aconcágua. Estava distraído, fotografando as montanhas com a filmadora. Parei, paguei o ticket e fiz a caminhada até o mirante, posando no mesmo lugar que havia estado na viagem anterior. Dessa vez eu não segui adiante para ver as lagunas. Retornei rapidamente e parei na aduana. Uma fila de carros que não andava. Foram duas horas na fila.

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Finalmente liberado, voltei para a estrada, parei na Puente Inca para umas fotos, depois continuei. Em Uspallata, parei em um posto para abastecer e lanchar. Depois segui em frente, parando de vez em quando para tirar algumas fotos.

Quando estava chegando a Mendoza, apesar de ainda não ser nem 15 horas, resolvi ficar na cidade e abortar o avanço que havia pensado. Estava muito distraído sobre a moto para seguir em frente. Parei em alguns hotéis e consegui um quarto num hotel simples, bem em frente a outro que fiquei em 2009. O estacionamento fica a um quarteirão e é pago à parte. Hotel Kapac.

Viagem de moto Argentina - Chile

Depois de um banho, saí para uma caminhada pela região onde fica o hotel, que já conhecia da vez anterior que estive aqui. Comi um sanduíche numa lanchonete e fui dormir.

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