5º dia – Uruguaiana – Luján

De manhã, quando desci para tomar o café da manhã, encontrei o local fechado. Me avisaram na recepção do hotel que aos domingos o lanche era servido a partir das 8 horas (!). Voltei, arrumei a bagagem, desci para acertar a conta e ir embora, mas encontrei com um grupo com cinco motociclistas de Gramado que estavam retornando do Atacama. Conversei um pouco com alguns deles e nesse meio tempo o lanche foi servido.

Comi rapidamente um mixto, tomei suco e segui viagem. Antes passei em um posto para abastecer a moto e o galão reserva. Normalmente eu abasteço quando chego na cidade de pernoite, mas o cansaço de ontem me fez correr para procurar o hotel.

Fui para a imigração, passando primeiro na Polícia Federal Brasileira para baterem o carimbo no passaporte e registrar a saída da moto do Brasil. Foi bem rápido. Depois segui para a aduana argentina atravessando uma longa ponte que atravessa o rio Uruguay. Quando cheguei ao complexo, um policial fez sinal para eu parar e pediu que mostrasse os meus documentos e os da moto. Conferiu, pediu para ver a Carta Verde e depois me orientou estacionar a moto e ir a um guichê que ele indicou. Havia apenas uma pessoa na fila e rapidamente fui atendido. O agente perguntou para onde eu ia. Respondi Ushuaia, ele olhou para o céu e disse “Isto é que é vida”. Desejou suerte e me liberou.

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Como na Argentina não tem horário de verão, ganhei uma hora ao atravessar a fronteira. Às 8h30, horário local, estava entrando na Ruta 14, uma belíssima auto estrada, muito bem sinalizada, com piso conservado, duas faixas em cada sentido, uma beleza, ao contrário de ontem, quando passei por estradas muito mal conservadas no interior do Rio Grande do Sul. Dos 669 km percorridos hoje, cerca de 650 foram por vias duplicadas com duas faixas em cada sentido e muito bem sinalizadas. Tinha muitos caminhões, mas todos andando em boa velocidade e na faixa da direita. Muitos eram brasileiros, alguns poucos paraguaios e a maioria argentinos, claro.

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Existe cobrança de pedágio, mas moto não paga. Ao chegar à primeira praça de pedágio, fiquei procurando para ver se havia alguma indicação de valor ou lugar específico para moto, mas não vi nada indicando. Quando ia para uma cabine, uma policial saiu de um posto que fica ao lado e me fez sinal para ir em uma direção fora da pista. A princípio achei que ela queria verificar os documentos da moto e fiquei até com medo porque ela indicava para que eu fosse para trás do posto policial. Foi então que percebi uma abertura ao lado de uma cancela, em uma trilha de terra, suficiente para passar uma moto. Aliviado, segui viagem.

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Nas praças seguintes eu reduzia a velocidade e ficava esperando alguém me indicar onde passar. Nessas outras me indicaram passar por um espaço ao lado da cancela da cabine da direita.

Passei por vários postos da Gendarmeria e da Policia Caminera onde esperava ser parado e algum policial querer me tirar algum dinheiro. Não teve nem graça, não me pararam nenhuma vez…

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O limite de velocidade para veículos leves nesta auto estrada é de 120 km/h. Cravei 130 no velocímetro, o que dava pouco acima de 120 no GPS. Mesmo assim vários carros passaram por mim como se eu estivesse muito devagar. No primeiro posto vi que essa velocidade estava fazendo a moto consumir muito e reduzi para 120 no velocímetro. Uma velocidade confortável e um pouco mais econômica.

O único porém do dia foi a temperatura, que estava muito quente e me desgastou muito. Como a viagem rendeu, dava para seguir em frente e adiantar um pouco em relação ao planejamento, mas o calor me fez ficar muito cansado, então cheguei cedo à cidade de Luján, 68 km de Buenos Aires e fiquei nela como planejado.

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havia marcado no navegador GPS um hotel três estrelas no centro da cidade que me pareceu muito bom, mas um pouco acima do limite que havia estabelecido para hospedagem, mas resolvi verificar se aceitavam dólar e qual era a cotação para conversão. Bingo! 13 pesos por dólar, bem acima do oficial que é de 8,62, o que reduz o valor da hospedagem em 1 terço. Fiquei. Chama-se Hotel Hoxon.

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Depois de um bom banho, saí para caminhar na praça próxima ao hotel onde fica a Basílica de Nuestra Señora de Luján, uma belíssima igreja em estilo neogótico, inspirada em igrejas européias do século XIII. Estava ocorrendo uma missa nela quando cheguei. Tirei algumas fotos e depois fui a um parque também próximo. Mas o calor estava insuportável. na praça em frente à igreja existe uma fonte, onde as crianças invadiram para tomar banho. Em determinado momento, até as mães entraram na fonte em grupo e começaram a tomar banho. Foi bastante curiosa a cena.

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Não animei entrar na fonte também, apesar de completamente suado. Retornei para o hotel, passando antes em uma lanchonete onde comi alguns churros. Mais tarde saí para jantar um bom bife de chorizo com chopp artezanal.

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