04 de junho – Philipsburg, PA

A meteorologia está prevendo chuva para Niagara Falls e Toronto, mas não tenho muito o que fazer a não ser prometer comprar uma roupa de chuva na primeira loja HD que encontrar.

Após um café da manhã daqueles bem sem vergonha, montei na Camila, que a essas alturas já estava com o tanque cheio, e apontei a proa da doce criatura na direção de Buffalo (NY). A estrada atravessa a Allegheny National Forest, quase toda na Pennsylvania.

Estados Unidos

Por um lado é um cenário lindo mas a gente sabe que não tem almoço de graça e esse, no caso, era cobrado em forma de chuva. O treinamento de curvas ficou para outro dia, o negócio era manter a concentração na estrada pois eu estava cismado que a moto dava umas “reboladinhas” sem motivo nas retas, o fenomeno não ocorria nas curvas, o que me deixava mais “grilado” ainda. Sempre que parava nos postos olhava os pneus, em especial o traseiro já que o dianteiro é praticamente novo. Não via nada de anormal e pensava cá com meus botões: “Ou é o sacana do alemão querendo me agarrar, o Alzheimer, ou a danada da Camila tá na TPM !”. Só fui descobrir, quando cheguei a Charlottesville de volta, que o óleo do amortecedor traseiro esquerdo vazou completamente. Ainda bem, pois pilotando debaixo de um aguaceiro durante quase todas as 145 milhas cheguei a Springville a 35 milhas de Buffalo que era meu destino. Eu estava perto mas não valia a pena prosseguir. O pior de tudo era a água que descia pelas costas e daí, bunda abaixo. Constrangedor ! Ainda mais que eu estava com uma tal de “chaparreira”, aquelas calças que cow-boys usam que, como se não bastasse, estava com o cinto descosturado, o que me obrigava a segura-la para que não caisse nas paradas hidráulicas (voces sabem, remédio para hipertensão dá uma “mijoleira” dos diabos).

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Aboletei-me no primeiro “Super 8” que encontrei e consegui, com a recepcionista, agulha e linha para fazer um “gatilho” na tal “chaparreira”. Enquanto costurava, não sei porque, me veio à cabeça aquele filme “O segredo da montanha das bichonas”. Credo ! Vade retro !


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