7º dia – Urubici – Tramandaí

Choveu e relampejou a noite inteira, mas quando a amanheceu o céu estava limpo, o sol apareceu e dissipou as dúvidas que eu tinha se conseguiria ou não visitar o Morro da Igreja.

Arrumei a bagagem na moto, despedi-me do casal dono na Pousada e fui para a sede do Parque pegar a autorização para subir o morro. Foi fácil e rápido, sem dificuldades, inclusive de encontrar o local, existem faixas indicando. A subida é bem íngreme, com muitas curvas travadas, o asfalto está precisando de reparos e ainda estava molhado da chuva que caiu à noite, exigindo a máxima atenção.

Ventava muito e fazia frio no topo do Morro da Igreja. Acho que foi a maior altitude que eu já fui em uma viagem de moto pelo Brasil: 1.820 msnm de acordo com o GPS. A vista é linda, dá para ver toda a região, os cânions e a pedra furada.

Depois das fotos, desci a montanha e continuei minha viagem. Eu não havia, ainda, percorrido as estradas do Rio Grande do Sul, então era uma oportunidade de conhecer mais esse importante estado brasileiro. Pensei em ir para Gramado, como vários amigos sugeriram, mas lembrei que em um sábado eu poderia ter dificuldade para encontrar hotel naquela cidade, então ajustei o GPS para Porto Alegre. Mas o danado indicava a passagem pela Serra do Corvo Branco e Grão Mogol como o caminho a seguir apesar de configurado para não percorrer estradas de terra. Retornei a Urubici e perguntei a alguns motociclistas em um posto de gasolina qual era o melhor caminho. Eles me indicaram seguir em direção à Serra do Rio do Rastro. Achei estranha a indicação e voltei a perguntar em uma borracharia e me orientaram voltar pelo caminho de onde eu vim no dia anterior e foi o que fiz, peguei a BR-282 até a BR-101, quanto tomei direção sul.

A BR-101 está quase toda duplicada no trecho que percorri e onde não está ainda duplicado encontra-se em obras, mas que não atrapalharam a viagem. Somente encontrei muito movimento de carros e caminhões, como sempre.

Até então o tempo estava aberto e fazia muito calor. Aos poucos as nuvens foram aparecendo e, perto de Criciúma, avistei chuva no horizonte. Coloquei a capa de chuva e ela apareceu, não muito forte. E ela vinha na medida em que passava sob as nuvens e foi assim até o fim do dia.

Perto de uma cidade chamada Torres, no Rio Grande do Sul, avistei uma placa indicando a “Estrada do Mar” e resolvi percorrê-la. Estou procurando o mar até agora. Ela passa próximo ao mar, mas não se avista o oceano, mas campos cultivados e cidades com condomínios bacanas.

Estava próximo das 17 horas quando passei pela cidade de Tramandaí, então resolvi procurar um hotel para descansar. O primeiro que parei me pareceu bom, então fiquei nele mesmo. Chama-se Schenkel. Relaxei um pouco depois de um breve mergulho na piscina e na sauna e jantei no restaurante do hotel. Não deu para passear e conhecer um pouco da cidade porque choveu desde que cheguei.

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Números do dia:

Distância percorrida: 564 km

Abastecimentos:

Rancho Quemado
R$ 43,99
14,194 litros
R$ 3,099 / l
291,8 km
20,56 km / l (o frentista não encheu tanque)

Jaguaruna
R$ 29,69
9,9 litros
R$ 2,999 / l
183,9 km
18,58 km / l

Jantar: R$ 23,50

Hospedagem: R$ 130,00


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