6º dia – Itapema – Urubici

Hoje eu percorri com minha moto a estrada mais icônica do Brasil, a Serra do Rio do Rastro em Santa Catarina. E nas condições mais ideais que se possa imaginar, para uma viagem de moto, temperatura agradável, sol entre núvens e, segundo me informaram, depois de uma semana em que ela esteve fechada pela neblina. Não poderia ter sido melhor.

Saí cedo de Itapema, peguei a BR-101, que estava com um movimento maluco de caminhões. Apesar disso, a viagem rendeu, a estrada é duplicada e está em boas condições. Pelo fluxo, deveria ter mais faixas, mas tudo bem, temos outras piores para melhorar.

Em Palhoça, peguei a BR-282 em direção a Lages. No princípio também estava com um movimento grande de caminhões, depois diminuiu bastante esse movimento, a estrada melhorou e pude curtir bem a paisagem.

Cheguei à região das Serras Catarinenses, a região mais fria do Brasil. Abaixo, uma descrição da região que encontrei na internet:

“O Planalto Serrano catarinense é a região mais fria do Brasil. E é o único lugar no país onde a precipitação de neve é certa – todos os anos a paisagem verde-amarelada de araucárias, coxilhas (campos ondulados) e taipas (muros de pedra) torna-se branca, mesmo que por poucos dias, no inverno. Nestes dias, até as águas das cachoeiras congelam.

É uma região de campos de altitude, florestas e grandes cânions. Nos campos, ficam as fazendas, algumas com serviços de hospedagem. A região é ideal para o turismo rural. Lages, maior cidade do Planalto Serrano, há dois séculos era entreposto comercial no Caminho dos Tropeiros, no qual era feito o transporte de gado entre Rio Grande do Sul e São Paulo. Hoje, a cultura campeira, cujos ícones são o homem do campo, as fazendas e o cavalo, é predominante na Serra Catarinense. Algumas das fazendas que oferecem turismo rural são centenárias. O frio, as histórias de tropeiros contadas ao pé do fogo de chão,
o pinhão, o chimarrão, o camargo (café misturado com o leite saído na hora, bebido ao pé da vaca) criam uma atmosfera especial, repleta de calor humano e hospitalidade.”

Chegando a Urubici, vi uma placa indicando o Morro da Igreja. Resolvi conhecer antes de ir para o hotel. Depois de percorrer uns 20 km, vi uma faixa informando que para visitas ao Morro da Igreja era necessária autorização antecipada. Como a estrada também levava à Serra do Corvo Branco, segui para lá. Tem um trecho de uns 7 km de estrada de cascalho bem batido, que foi tranquilo de percorrer. Depois das fotos, resolvi descer a serra pelo outro lado. Sabia que tinha um trecho de 23 km de estrada de chão. Só que a estrada estava horrível. Parecia que a chuva havia lavado a terra e sobraram apenas grandes blocos de pedra. Passei inclusive por um carro com as duas rodas dianteiras no ar, preso por uma pedra. Resolvi abortar o percurso depois de uns 3 km percorrido. Me disseram que começaram a terraplenar a estrada a partir de Grão Mongol para asfaltá-la, espero que não seja apenas para ganhar votos para a próxima eleição.

Retornei para Urubici, procurei o hotel que o Gugu havia me indicado, onde deixei a bagagem e segui para a Serra do Rio do Rastro.

Só o passeio até a Serra já valeu a viagem, estrada muito boa com lindas paisagens. Desde cedo o céu estava fechado anunciando chuva, mas quando cheguei ao mirante, o sol apareceu entre as núvens e permitiu uma linda visão da montanha. Desci e depois subi, tirando muitas fotos.

O pior foi que eu preparei a filmadora, coloquei na moto e quando fui ligar… Acabou a bateria. E a bateria reserva, carregada, estava na bagagem que havia deixado no hotel. Tudo bem, está gravado na memória.

Retornei a Urubici pela mesma bela estrada.

A pousada que estou é excelente, indicação do Gugu, chama-se Pousada Professor Verto, que conta com o ótimo atendimento do simpático casal proprietário.

Mais tarde fui jantar uma delícia de truta no restaurante do Zeca, muito bem indicado pelo Professor Verto.

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Números do dia:

Distância percorrida: km

Abastecimentos:

Palhoça
R$ 33,58
11,007 litros
R$ 3,049 / l
200,6 km
18,22 km / l

Bom Jardim da Serra
R$ 48,00
15,49 litros
R$ 3,099 / l
287,3 km
18,55 km / l

lanches: R$ 2,40

Pedágios: R$ 0,85

Jantar: R$ 36,50

Hospedagem: R$ 60,00


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