O dia foi complicado, para não sair da rotina dessa viagem. A ideia era tentar chegar o mais próximo possível de Santiago, distante 1180 km de Bariloche. Se não fosse a aduana e uma grande quantidade de veículos na minha frente em uma estrada sem pontos de ultrapassagem, talvez desse para chegar lá. Mas não deu.
Quando saí de Bariloche o céu estava limpo, temperatura agradável, mas ainda exigindo um reforço na roupa.
A estrada de Bariloche até a Ruta 5 no Chile é, em sua maior parte, com apenas uma pista em cada sentido, quase sem pontos de ultrapassagem e com bastante movimento. Já no Chile, um trecho em construção com sistema de pare e siga, desvio e fila de carros passando por um desvio.
Some-se a isso as lindas paisagens do Parque Nacional Nahuel Huapi e da Cordilheira dos Andes e a vontade de parar a cada quilômetro para registrar.
O processo de migração e aduana, tanto de saída da Argentina quanto de entrada no Chile foram extremamente lentas. Muita fila em ambas e muita burocracia.
Isso tudo fez com que a viagem até pegar a Ruta 5, numa distância de cerca de 220 km, demorasse quase 6 horas.
Fiz uma parada em Osorno para abastecer e fazer um lanche e a partir dali peguei a Ruta 5, Conhecida também como Rodovia Pan Americana. Uma estrada duplicada, bem sinalizada, com manutenção criteriosa, velocidade limite de 120 km/h e pedagiada. A viagem começou a render quando travei o acelerador da moto nos 120 km/h pelo GPS, o que resulta em cerca de 130 no velocímetro. Uma velocidade segura para a pista.
Comecei a ter que parar com frequência para lavar o rosto, beber água e tentar espantar o sono, mas perto da cidade de Temuco achei melhor parar em definitivo, por questão de segurança. Não deu mais.
Entrei na cidade, procurei um hotel simples e com preço justo e parei para descansar, depois de percorrer apenas 531 km. Hotel Belle. Pedi uma pizza no quarto e dormi cedo.
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