Como disse no último parágrafo do relato de minha viagem com os “Patos Selvagens” Rogério, José Maurício e Douglas, na matéria intitulada “Primeiro Voo dos Patos Selvagens”, em 2015, publicada aqui no viagemdemoto.com, um dos “sonhos distantes” de viagem de moto seria para Ushuaia, Venezuela ou Alasca.
Logo depois de um pequeno descanso dessa nossa aventura, já estávamos programando a próxima. Analisamos e consideramos a opção de ida a Ushuaia, a mais plausível para as nos-sas condições no momento, e começamos o planejamento. A confirmação da mesma equipe foi imediata. Começamos algumas discussões de roteiros, fizemos uma reunião e estava correndo tudo bem.
Como os laços de amizade com o amigo e companheiro Geraldinho estavam sendo reforçados através do amor pelas 2 rodas, ele demonstrou interesse em fazer essa aventura conosco. Imediatamente disse a ele que da minha parte, ele seria muito bemvindo. Pensei que da parte dos outros também não teria problema, mas resolvi confirmar. Afinal, o nosso grupo já estava fechado e seria justo e ético avisar e pegar o “de acordo”, de todos. Pelo histórico de amizade que tínhamos, da experiência e da “boa praça” do Geraldinho, as boas vindas foram dadas imediatamente por todos.
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Confirmado isso, nossa equipe agora tinha cinco integrantes. Fizemos alguns ajustes no roteiro e marcamos uma reunião para compartilharmos com todos. Principalmente com o José Maurício e Douglas, que moram em Belo Horizonte e estavam vindo a Patos de Minas para uma visita à família.
No dia 03 de setembro/2017, a meu convite, eles estiveram em minha casa para vermos essas alterações. Estava entusiasmado para mostrar o novo roteiro. Nessa hora, o José Maurício informou, meio que desapontado, que não seria possível a companhia dos dois em nossa viagem. Eles tinham outras prioridades com as famílias e o tempo e o dinheiro ficaram mais escassos, impossibilitando a viagem na época que havíamos programado.
Achei ruim, pois já contava com eles e a programação estava indo bem. Por outro lado, eles também nos avisaram com antecedência suficiente para que reprogramássemos a nossa aventura, e esses prazeres da vida devem ser realizados, entretanto nossa família e nossa responsabilidade devem vir em primeiro lugar. Isso me fez entender e aceitar a decisão deles. Então resolvemos ir somente nós três. Eu, o meu irmão Rogério e nosso grande amigo Geraldinho.
O roteiro já estava quase pronto, o Geraldinho já tinha mapeado no GPS todo o trecho de ida dentro do Brasil. Foi quando em 25/11/2017, ele deu uma passada rápida em minha casa, e eu fui com ele até o meu vizinho, Sr. Paulo Kober, que é gaúcho e conhecia muito bem as estradas até Uruguaiana, onde pretendíamos entrar na Argentina. Afinal, são 25 anos morando em Patos e fazendo esse trajeto pelo menos três vezes por ano. Apresentei o Geraldinho a ele e ele nos sugeriu o roteiro ideal para o que procurávamos. O nosso objetivo incluía um trajeto sem passar por grandes centros – para evitar muito trânsito e por mais segurança, e também passar por estradas menos movimentadas principalmente de caminhões e menos pedágios. Ainda ganhamos algumas dicas de hotéis e restaurantes no trecho.
Algum tempo depois disso, nos reunimos novamente, e o Geraldinho falou sobre o Felipe. O Felipe participou de uma viagem com ele ao Uruguai e tinha pedido para quando ele fosse novamente, que lhe convidasse também.
Como ele foi um ótimo companheiro nessa viagem, o Geraldinho pensou que ele pudesse contribuir com a nossa equipe, e participar dessa viagem conosco. Reunimo-nos dia 04/04/2018, e fizemos o convite a ele, que foi prontamente aceito.
Passamos a compor a nossa equipe agora comigo, o Rogério, Geraldinho e o Felipe. Consideramos que ela está completa, e ainda teremos a visita da esposa do Rogério – Cirlene, no trecho previsto de Ushuaia a Santiago no Chile, que depois foi alterado para Mendoza na Argentina.
Fizemos uma reunião na casa do Rogério, e refinamos o trajeto, com a previsão de chegada a Ushuaia em 8 dias. Dessa forma foi programada a data de chegada da Cirlene. O Rogério adquiriu as passagens aéreas dela de ida até Ushuaia e de volta a partir de Mendoza. Definimos também a confecção de material promocional. Orçamos camisas segunda pele, camisetas de malha e bonés. Também de gráfica, como adesivos, bandeiras e botons.
Estava indo tudo bem conforme o planejado, quando tivemos uma desagradável notícia. O pai do Felipe tinha falecido, e ele ficou sem o seu grande amigo e quem o ajudava nos negócios em sua ausência. O Felipe não pode mais participar do projeto e decidimos não chamar mais ninguém. Ficamos somente nós três.
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