3º dia – Chapada Diamantina

A primeira constatação foi que qualquer tempo que você tiver disponível para conhecer a Chapada Diamantina não será suficiente. São muitas as atrações, dentro e fora do Parque Nacional. Montanhas, chapadões, rios, cachoeiras e grutas, cada qual mais impressionante que o outro. Como tenho só dois dias, estou tentanto aproveitar ao máximo. Estudei as opções que poderia conhecer com a moto e fui para a estrada. Antes dei uma volta pela cidade de Lençóis e depois visitei o Morro do Pai Inácio, a Caverna da Torrinha e a Pratinha. Fantásticas!

A primeira visita foi ao Morro do Pai Inácio. A estrada de terra que leva até a entrada do morro fica na BR-242, a uns 25 km depois da entrada para Lençóis, em direção a Seabra. A estradinha não está bem conservada e me exigiu bastante força para controlar a moto nas valetas e areia espalhadas sobre o piso. Deixei a moto em uma área para estacionamento, paguei uma taxa de R$5 para subir uma trilha de pedras de uns 300 metros, bastante íngreme.

No alto, o cartão postal da Chapada, os grandes morros, a estrada e o horizonte. Ventava muito, o que dificultou tirar fotos com o tripé, que em determinado momento caiu e quebrou a armação da lente da câmera. Sorte que não quebrou a lente. Tirei fotos incríveis.

Em seguida fui para a Caverna da Torrinha. A estrada de terra de 1.300 metros começa na BA-432 em direção a Iraquara. Paguei R$60 pela entrada e pelos serviços de um guia (Se estivesse em grupo sairia mais barato por pessoa), com quem fiz uma caminhada de umas duas horas dentro da gruta. Tirando meu joelho que saiu detonado da caminhada (tive que rastejar entre blocos de rocha e levei uns escorregões num lugar que o piso era de argila e estava molhado) foi possível ver o que eles chamam de a mais completa e uma das mais ricas grutas do Brasil, com estalactites, estalagmites e helictites que desafiam as leis da gravidade.

A terceira e última atração foi a Gruta da Pratinha. Depois da entrada para a Torrinha, segui mais alguns quilômetros em direção a Iraquara e depois peguei uma estrada de terra de 7 km até a entrada. Paguei R$15 para entrar. Uma das mais belas lagoas que já ví, com água esverdeada, límpida e de temperatura agradável, que permite ver os peixes e o fundo com tranquilidade. Conheci a Gruta Azul, com água translúcida meio azulada com a incidência do sol. Parece que esta não é a melhor época para a cor da água ter o tom mais azulado.

O melhor e imperdível para quem vai à região é a flutuação com snorkel, colete, nadadeiras e lanterna na Gruta da Pratinha. Foi o melhor passeio do dia, e custou R$20. A gruta é inundada com água transparente e azulada, cheia de peixes. Tem trecho com mais de 14 metros de profundidade e é possível ver o fundo com a ajuda da luz da lanterna. Uma sensação incrível quando o guia pediu para desligar a lanterna e ficar em silêncio.

Percorri ao todo 135km com a moto hoje. À noite estava esgotado, mas saí assim mesmo para uma caminhada pela cidade. Parei numa pizzaria que vendia pizzas em fatias e tomei uma cerveja.

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Abastecimento

Cidade Litros Valor R$ Distância R$ / Litro km / litro
Seabra/BA 14,400 39,02 252,5 2,710 17,5

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