4º dia – Tilcara – San Pedro de Atacama

Hoje, o gran finale da ida, com grandes atrações. A saída da multicolorida Quebrada, a subida ao altiplano, a Cuesta de Lipán e suas belas curvas a 4.170 m.s.n.m., o salar de Salinas Grandes, as grandes retas na solidão e aridez das grandes alturas, a serrinha antes do povoado de Susques, a subida ao Paso de Jama a 4.320 m.s.n.m.
e depois já no Chile, picos nevados, o Vulcão Licancabur, salares e lagunas verdes, num cenário de encanto e magia, que inundavam a visão desde o capacete com muita beleza.

Há dois pontos para abastecimento no trajeto. Em Susques, gasolina no pequeno YPF e havia também em Pastos Chicos, posto e parador com restaurante e hotel a 3 km da cidade. Ali fiz pausa para um café e encontrei o pessoal do Rota X de Porto Alegre, em caminho de ida a SPA, em 3 motos e um carro de apoio.

Atenção na serrinha após o retão de Salinas Grandes, pois havia muitas lhamas pela estrada.

Viagem de moto ao Atacama

O asfalto em todo o trajeto está excelente, com exceção de algumas curvas na Cuesta de Lipán, que estão em ripio e antes de Jama, há um desvio de uns 800 metros com muita areia fofa perigosa (a moto rabeou, meti os pés no chão e passei).

Após Susques, segui em comboio com o pessoal do Rota X. Em Jama, abastece-se no YPF que há na Aduana, a coisa fluiu rápido e sem burocracia. A seguir, a ruta 52 sobe até um máximo de 4.880 m.s.n.m. Se vêem muitos animais pelo caminho (vicunhas, burros selvagens, lhamas, alguns pássaros), mas neste dia, se roda os 445 km sem estalar nenhum inseto na viseira! No Chile, a ruta se chama 23, passa a 5 km da fronteira com a Bolívia (acesso em rípio), o frio aperta e há que se estar bem protegido. Depois de um bom trecho em grande altitude, inicia-se a vertiginosa descida a SPA, cidade a 2.500 m.s.n.m., na depressão do Salar de Atacama, em pleno deserto.

Viagem de moto ao Atacama 5

Na aduana (entrada da cidade), o processo de entrada no Chile flui rápido, há uma breve revista nas bagagens e listo. A partir daí, na cidade é estrada de chão, com muita poeira, gente de todos os lugares do mundo, arquitetura típica dos vilarejos andinos, lojinhas, muitas agências de viagem, restaurantes, a pequena igreja e muitos cachorros pelas ruas, a maioria enormes e bem cuidados.

{loadmodule mod_custom,Anúncios Google Artigos}

No Chile, a placa PARE é para parar mesmo! Atenção.

Após parada para ver preços de umas 3 ou 4 pousadas e hotéis (média de R$ 162 – hotel bom e R$ 100 pousada mal apanhada sem café), tive sorte e encontrei o Hostal Portal Andino, a uma quadra da rua principal (Calle Toconao), com um corredor e aberto a um pátio no interior.Os donos são peruanos, a mulher sendo ótima cozinheira e o melhor, R$ 48 a diária, mas sem café. O quarto era para ser compartido, mas passei as 3 noites sozinho, com minhas coisas espalhadas pelas camas numa boa. Ambiente limpo e tranqüilo, banheiro pequeno porém OK. Há café, o qual tomei, por extras R$ 9.50 (boa vitamina feita na hora, sanduíche de queijo e presunto e café com leite).

Fiz câmbio a 1 R$ por 210 pesos chilenos, o que está muito bom dadas as condições. Em Santiago, se procura muito para ter câmbio a 220 pesos, a regra é menos.

Viagem de moto ao Atacama 5

Depois de instalado, ao passear pela cidade, encontrei de novo o pessoal do Rota X e tomamos cervejas Cristal no bar Chela Cabur, pelo visto o único da cidade a servir cerveja de litro a R$ 11,90 (que é o preço cobrado por long necks nos restaurantes…). O jantar foi com todos no Blanco, bom ambiente e com entrada, prato principal de merluza e boa sobremesa a R$ 34. Em outro jantar, pedi na pousada, um espaguete oriental de primeira, com carne macia e vegetais por R$ 11,90, onde tomei o final da garrafa de vinho Malbec que tinha comprado em Tilcara.

Fiz dois passeios com agência, aos Geisers del Tatio e ao Valle de La Luna, os quais recomendo. Nas vans, pessoal da Espanha, Brasil, Itália, Canadá, França, Alemanha, Argentina e Suiça, todos curtindo a paisagem surreal de desertos, montanhas com picos nevados, vales de pedras, dunas, vulcões, quebradas e morros de sal. Ainda fui de moto ao Pozo 3, parque aquático com piscina de água fria, a qual encarei, a uns 3 km da cidade, com entrada a R$ 9.50 (achei caro pois não fiquei muito, dava uns ventos que traziam muita poeira… mas pra esticar o couro na água após tanta estrada serve).

Total rodado na ida > Rio do Sul-SC – San Pedro de Atacama – 2.677 km

Viagem de moto ao Atacama

Viagem de moto ao Atacama

Viagem de moto ao Atacama

Viagem de moto ao Atacama

Viagem de moto ao Atacama

Viagem de moto ao Atacama

Viagem de moto ao Atacama

445 Km
Média de consumo do dia 1 lt a cada 16,86 km

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *