Havíamos combinado de estar na oficina do Pablo às 10 horas para trocar os pneus e seguir viagem até a fronteira onde o terror do rípio começa. Ficamos esperando até as 11 horas que foi quando os pneus chegaram.
Até colocar nas motos acabamos saindo as 13h30min de Ushuaia, e teríamos 200km até Rio Grande e mais 80km até a fronteira, onde dormiríamos para encarar o rípio pela manhã do dia seguinte.
O frio estava bravo, colocamos todas as segundas peles possivel, todos os forros das roupas e ainda estava frio.
Depois de rodar aproximadamente 50km, ele apareceu…… o vento lateral, mas dessa vez ele veio pra valer, parece que colocaram um super ventilador do lado da estrada que ficava nos empurrando para fora da estrada, parace que estamos fazendo uma curva na reta, ou seja, a moto fica completamente inclinada contra o vento na reta.
Mas o rípio da ida ainda estava nos mostrando o quanto ele havia desgastado nossas maravilhosas Ulysses. Quando estávamos entrando na cidade de Rio Grande, vejo pelo retrovisor que o Joao e o Ito ficaram muito para trás, paramos na avenida e esperamos, quando os dois chegaram veio a noticia, o rolamento da roda traseira do Joao havia ido “pras cucuias”. Por sorte estávamos em frente a uma concessionária da Toyota, o Joao foi pedir alguma indicação de oficina e pra nossa felicidade o vendedor da Toyota ligou para um amigo que era mecânico de moto, só sei que em 20 minutos chegou uma Ford Courrier caindo aos pedaços e desceu um cara ja com os esticadores na mão, em menos de 1 minuto a moto já estava na caçamba da courrier e ele disse para seguirmos ele. Quando chegamos na oficina, eu achei que ele era parente do Pablo de Ushuaia, só que a oficina era muito maior, era uma bagunça cheio de motos, quadriciculos e carros que não dava para saber se estavam lá para arrumar ou se eram sucata, mas isso é só um detalhe para quem estava a mais de 5.000km de casa. Apesar da bagunça o atendimento foi impressionante, de quando o rolamento estourou até ele ser trocado não deu 1h30min, quando a moto chegou na oficina eles pararam tudo para trocar os rolamentos e até nos ofereceram café.
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Rolamento trocado voltamos para a estrada. Foram apenas 80km até chegarmos a fronteira aonde iríamos pernoitar, mas chegamos um bagaço, rodamos apenas 300km, mas parecia que havíamos rodado uns 700km.
Ficamos hospedados em um Hosteria que fica bem ao lado da aduana, e na hora do jantar o funcionário da Hosteria nos deu uma bela noticia, “amanhã não vai chover……mas vai ventar muito”, fazer o que, fomos dormir par encarar o bendito rípio no dia seguinte!!!!
280 km
By Dudu
Fotos: Ito e Dudu
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