São José dos Pinhais – São Borja

O despertador vibrou às 5 horas e iniciou-se a rotina dos viajantes: higiene; organizar a bagagem; tomar café; check out; distribuir e fixar a tralha na moto; abastecer e o estresse de sair de uma cidade desconhecida, que logo é recompensado pelos prazeres da estrada.

Tudo pronto, nos despedimos dos amigos Márcio & Aline, que iriam voltar para o Rio de Janeiro, após curtir um dia de estrada com os amigos da Expedição Mendoza.

Após a saída de São José dos Pinhais, fomos no rumo da BR 116. Após uma curva, ao perder a primeira saída para Auraucária, bloqueada por um comboio de caminhões lentos, seguimos em frente e, como não surgia qualquer tipo de indicação na estrada, iniciamos a busca de um posto de gasolina para pedir informações. Imediatamente, um integrante do trem transmitiu no radio CB da Ultra: “Estou com o destino plotado no GPS. Vou colocar o trem na proa.” E todos relaxamos, agradecidos pela boa iniciativo do companheiro. Quando paramos em um centro de apoio da estrada para tomar água e perguntar pelo próximo posto de gasolina, o Fred comentou: “Artur, acho que estávamos seguindo por um percurso mais longo.” Realmente estávamos a uns 100 km fora da rota prevista, no rumo de Lages. Então, abandonamos o GPS como principal recurso de navegação e voltamos a navegar pelas placas de trânsito indicativas de cidades e distâncias, retornando para a BR 476.

Máquinas funcionando perfeitamente, pilotos de primeira linha e estrada perfeita. Então, não havia com que se preocupar, porque mais cedo ou mais trade todos iríamos chegar ao nosso destino, cumprindo a programação prevista.

Paisagem naturais impressionantes, farta vegetação, curvas ascendentes e descendentes divertidas, cardápio de caminhoneiro de estrada, além da alternância de chuva e Sol para tornar a viagem mais agradável.

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Motor girando acima de 3.000 RPM não foi suficiente e a noite nos surpreendeu na estrada; se foi o Sol e veio a noite com um belo manto de estrelas, que nos possibilitaria dispensar os faróis. Infelizmente, alguns bons quilômetros antes do nosso destino, a estrada estava muito maltratada, nos obrigando a reduzir bastante a velocidade a fim de evitar as muitas irregularidades da pista.

Sem gasolina suficiente para chegarmos ao destino, alcançamos o último posto aberto, poucos minutos antes dele fechar. Para extravasar sua alegria pela grande viagem na companhia dos amigos, Fred sacou de sua gaita e começou a tocar uma música muito bonita, afastando as apreensões e restaurando a alegria do grupo. Imediatamente o Romeu filmou a cena com a presença de espírito e alegria contagiante, que lhe são peculiares.

Chegamos a São Borja e o apoio de GPS do amigo Corè foi solicitado para nos levar até o hotel. Durante o curto passeio pela cidade, desistimos do GPS e solicitamos o apoio de um motociclista local, que nos levou até o hotel. Às 00h30, desligamos os motores em um estacionamento de um hotel rudimentar, que mais parecia um curral, depois de percorridos 1.200 km.


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