Rio de Janeiro – São José dos Pinhais

Finalmente, a felicidade de soltar a embreagem para iniciar uma pequena odisseia e usufruir mais de 10.000 km de estrada com uma Harley, por paisagens fantásticas e de rara beleza natural iria acontecer.

Mal deu 5 horas da manhã e três Ultras (Artur Albuquerque / Romeu Beze / Roberto Core) e uma XL 1200 (Marcio & Aline Almeida) já avançavam pela Avenida Ayrton Senna, dando a sensação de que abriam completamente suas asas, já no início da Linha Amarela.

Com o voo ainda instável, parecia que queriam se elevar mais alto para extrapolar, rapidamente, o recorrente horizonte de concreto, que colabora para tornar o cotidiano mais monótono e banal. Assim, as férias são uma das oportunidades para alguém ser original e nós iríamos conseguir com toda certeza.

Na BR 116, um aviso urgente para parar o trem, porque uma Ultra 2014 estava liberando fumaça. Um susto inicial ao notar a indicação na vareta de medição: óleo baixo no motor. Provavelmente, devido ao vazamento pela tampa mal fechada, que se espalhou pelo corpo da HD. Preocupação e tristeza tomou conta do grupo. Nova medição para confirmar o nível do óleo, e nos pareceu que estava dentro do normal. 100 km adiante, um pit stop no posto BR Belvedere, a fim de agregar uma Electra (Danilo Princisval) e uma Fat Boy (Frederico Werly), robustecendo o Trem Oficial do HOG Rio, a Expedição Mendoza, em sua primeira viagem internacional.

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A velocidade aumentava na BR 116, a fim de logo alcançar a Serra das Araras para iniciar um slalom, sincronizando as curvas com as ultrapassagens dos caminhões, ao realizarem manobras cujo ápice da expertise fazia a viseira do piloto parecer uma tela de videogame de última geração, quando o jogo às vezes radical era de apenas uma vida, sem direito a reiniciar, é claro. antecipação e preposicionamento eram as palavras chave, dominando a mente dos iniciados; e o resto era máquina e braço.

Em Aparecida, no través do magnífico Santuário, a velocidade baixou para que uma Heritage (Oswaldo Junior) acoplasse ao trem. O irmão Harleyro tinha se adiantado um dia para poder erguer aos Céus, com tranquilidade e paz, uma oração a Nossa Senhora de Aparecida, a fim de também agradecer a oportunidade e o privilégio da viagem em boa companhia, além de pedir proteção e discernimento para todos os amigos Harleyros, na estrada, para saberem sempre escolher o menor potencial de risco, como andar mais rápido sob o sol para não andar devagar sob as estrelas ou tempestades.

Parametrizados pela XL 1200, a cada 150 km, uma parada para abastecer, por menos de 30 minutos, quando os pilotos se mantinham atentos às Harleys, porque já havia notícia de furto de um alforje completo de uma Road King, durante uma parada para abastecimento em um Graal da BR 116.

Após Taubaté, o trem derivou para a Rodovia Carvalho Pinto para soltar mais as asas e logo pousar na tradicional parada de motociclistas do Posto BR Frango Assado. Então, o roteiro foi flexibilizado, abandonando o planejado que seria o mergulho na Serra do Mar para o litoral, entre Mogi das Cruzes e Bertioga, para evitar o trânsito na capital de São Paulo e os congestionamentos de caminhões na Serra do Cafezal.

Após o abastecimento, o trem de HD seguiu mais adiante pela Carvalho Pinto e após rodar mais ou menos 70 km, seguiu a placa que direciona para o Rodoanel Mario Covas e manteve o rumo da Imigrantes. A excelente estrada do Rodoanel com apenas um posto BR no trecho, nos levou diretamente até Praia Grande.

“Enroscando o cabo” na BR 101, após Peruíbe, subimos a serra, que leva a Rodovia Regis Bittencourt, em Miracatu, e paramos no posto BR Fazendeiro. Como a fome era grande todos resolveram almoçar. O cuidado na estrada agora seria manter uma boa dose de adrenalina circulando no sangue, a fim de que ninguém caísse nos braços de Morfeu. E a forma de fazer isso acontecer era uma só.

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Passando Registro, recebemos de presente as curvas da Serra do (Rio) Azeite, que alguns transeuntes acham perigosa. Mas, na realidade é apenas mais um soberbo “videogame” para quem sabe aproveitar.

Veio a primeira entrada para Curitiba. O trem se manteve na faixa esquerda, a fim de avançar ao largo, no rumo de Florianópolis, para pernoitar em São José dos Pinhais. Anos e anos pernoitando nesse mesmo lugar e sempre a mesma dificuldade de se antecipar a entrada correta. Luzes de balizamento da pista de pouso, placa de trânsito “Aeroporto”. O trem abandonou a BR 101 e mais à frente o hotel Ibis Curitiba Aeroporto. Cortamos os motores com o odômetro acumulando 930 km, às 17h30.

Com as águias já aninhadas, os Harleyros foram comemorar o grande dia da partida em uma boa pizzaria recomendada pelo amigo Jeronymo Maia com muita alegria e telefonar para suas amadas. Após um dia de grande diversão, o reino de Morfeu finalmente nos foi muito bem-vindo.

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