Às 6h20 já tinha feito o lanche, arrumado a bagagem na moto e estava na estrada, que já estava lotada de caminhões. O objetivo era sair de Mato Grosso, atravessar o estado de Goiás e pernoitar em alguma cidade do Triângulo Mineiro.
Pouco depois de deixar Rondonópolis cheguei à Serra da Petrovina, onde as formações rochosas ao longo da estrada compõem um cenário muito bonito. Até Alto garças a estrada estava excelente, muito diferente de quando tinha passado pelo local há seis anos. Depois a estrada piorou, vieram as ondulações feitas pelos pneus dos caminhões e algumas delas deixavam as ultrapassagens perigosas.
As obras na estrada e os muito caminhões em fila no trecho em que a estrada não é duplicada reduziam a velocidade e dificultavam as ultrapassagens.
A temperatura se manteve agradável boa parte da manhã, quando o céu estava nublado. Depois o sol abriu e o sol e o calor vieram fortes.
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Foi o dia dos cheiros. Em uma viagem de moto normalmente é possível sentir o cheiro dos lugares que eu passo, mas neste dia foram muitos cheiros diferentes, alguns desagradáveis, como os das pocilgas e de cereais em fermentação, mas tinha cheiro de flores e de eucalíptos, que eram agradáveis.
Após passar a divisa entre Mato Grosso e Goiás a estrada piorou muito. Buracos por toda parte. E a paisagem mudou para campos cultivados e muito espaço.
Entre Jataí e Rio Verde a estrada passou a ter pista duplicada e ótimas condições, mas não durou muito.
Recebi muitas milhadas no corpo, de grãos que caíam dos caminhões que transportavam os cereais. O calor continuava. Uma nuvem negra formou no horizonte à minha frente e logo depois vi que a chuva caiu, mas o vento levou para fora do meu caminho. Consegui tirar fotos antes e após passar por ela.
Após Itumbiara a estrada ficou ótima e duplicada até chegar a Uberlândia, onde pernoitei depois de 852 km percorridos. Comi um sanduíche em uma lanchonete de rede fast food próxima ao hotel.
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