4º dia – de Imperatriz a Belém

Saí do hotel às 6h50, em direção a Belém, capital do Pará. A estrada estava em condições razoáveis, com alguns trechos precisando de manutenção, mas não atrapalhou o desenvolvimento da viagem. Fiz 607 km em 7 horas, sem ultrapassar os 130 km/h.

Pouco depois cheguei à divisa com o Pará. Parei para tirar um foto e quase instantaneamente um motociclista parou e perguntou: – “deu pänico?”

Nao entendi direito a pergunta com um “hâ?. Ele emendou: – “deu problema da moto, precisa de ajuda?”

Muitio bom viajar de moto por causa disto, você nunca fica na mão. Agradeci ao rapaz, que seguiu viagem, e eu saí logo após.

O primeiro abastecimento foi em Ulianópolis. Um lanche rápido na loja de conveniência, cuja melhor comodidade era o ar condicionado. Fazia muito calor na estrada, e isto desgastava muito.

A segunda parada foi em um posto de gasolina na cidade de Mãe do Rio, chamado Rei das Selvas. Assim que tirei o capacete falei para o frentista – “vim falar com o Tarzan. “Ele riu. Ficamos alguns minutos conversando. Outro frentista entrou na conversa e me explicaram o porquê do nome do posto: quando ele foi inaugurado, entre 50 e 60 anos atrás, era o único em centenas de quilômetros da Belém – Brasília, e no entorno só havia mata. Os caminhoneiros acabaram apelidando o lugar de Rei das Selvas, que acabou virando o nome do posto. Hoje é cercado por uma cidade e em muitos e muitos quilômetros não se vê mais nenhuma mata, somente pastagens e plantações.

Esta foi uma das surpresas que tive ao percorrer a estrada. Sabia que não encontraria grandes extensões de floresta, mas não tinha noção de que havia tão pouco.

A viagem rendeu muito, apesar da grande quantidade de caminhões que encontrei. Exemplo de opção equivocada que o país fez pelo transporte rodoviário. Passei por placas que indicavam a Ferrovia Norte-Sul. Só vi as placas.

Antes de chegar a Belém passei por uma cidade, acho que Santa Izabel, onde havia obras na estrada e cozinhei no sol por mais de 10 minutos. E a estrada estava horrível até chegar a Belém. O trânsito também, apesar de ser início da tarde.

Fui direto para a concessionária Honda para fazer a revisão dos 6 mil km da moto. Tinha observado que o desgaste do pneu traseiro estava mais acentuado que eu tinha previsto. Resolvi trocar por um novo, apesar de ainda dar para rodar cerca de 2 mil km. Provavelmente exigiria a troca em um lugar com poucos recursos, então pensei que seria melhor não arriscar. Pedi também para trocar o óleo do motor, apesar da troca estar prevista apenas para daqui a mais 6 mil km.

À noite saí para caminhar até a Estação das Docas, uma atração turtísctica da cidade, onde tomei chope a 3,99 e comi um pato ao tucupi que estava uma delícia.


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