Banff

em

Dessa vez eu tinha comprado um relógio de pulso, contrariando totalmente o que o Wyatt, personagem do Peter Fonda em Easy Rider, faz logo no início da jornada deles para o leste dos EUA, de Los Angeles a New Orleans. É legal essa cena.
Ele e o amigo Billy (Dennis Hopper) tinham contrabandeado uma razoável carga de drogas do México para Los Angeles, e a venda lhes proporciona uma grana alta para viver sem trabalhar. Decidem ir de Harley-Davidson pelas estradas americanas, gozando a pura liberdade, e logo no início da viagem tem essa cena emblemática do Peter Fonda jogando fora o relógio de pulso e arrancando com a moto. Bela tentativa Wyatt! Na prática a teoria pode ser outra. Mas estou dizendo por mim mesmo. No ano anterior eu tinha ido sem relógio, e toda hora ficava acordando, nas madrugadas, pensando que já estava atrasado para sair. Então, para a nova etapa, comprei um relógio digital barato com despertador. Aí ficou chique. Contudo, no meu motelzinho em Moose Jaw, foram um passa-passa e uma gritaria de jovens na minha janela que me despertaram na madruga. Eram quatro horas da manhã de domingo. Caramba, esse pessoal se diverte até tarde mesmo. E começam tarde, porque eu não tinha visto nenhum movimento à noite. Àquela hora eu estava na cama, como convinha ao tiozinho aqui, e essa galera me fez demorar pra dormir outra vez. Logo o despertador tocou. O dia clareava. Tudo calmo. Organizei a tralha. Higiene pessoal, limpeza da viseira do capacete, protetor solar no nariz, então visto a roupa molhada da moto com uns agasalhos por baixo, dobro as roupas que usei e ponho no top case, instalo as três malas na moto, coloco de volta o GPS, engraxo a corrente, amarro o galão de gasolina e a bota na garupa, dou aquela última verificada no quarto pra ver se não esqueci nada, largo a chave do motel sobre a cama, monto na V-Strom e vazo para Banff.

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A jornada de hoje era de 812km, um pouco maior que a anterior, mas deveria ser tranqüila. Segui calmamente pela Main St. ao norte. Tudo fechado. A cidade dormia. O café da manhã teria que ficar pra depois. Logo avistei a alça de acesso para a Trans-Canadá e fui pegando o sentido oeste. Seria mais um dia de retas em terrenos muito planos, mas desta vez já tomando um rumo mais a noroeste, distanciando-me da fronteira com os Estados Unidos. Ao entrar na estrada acelerei forte, sentindo o vento gelado da manhã, mirando toda aquela vastidão. Que tesão! Vambora V-Strom! Vamo pro Alaska!

Antes de Swift Current a fome apertou. Pretendia também abastecer. Ventava gelado e forte. Parei no único posto em quilômetros. Estava tudo fechado. Caramba, que frio, que fome. Bati na porta. Nada. Chegou uma pick-up e também nada encontrou. Foi embora, e fiquei ali um pouco sozinho. A paisagem era de grande amplidão, plana, vazia. Só tinha o posto no meio do nada. Veio uma gaivota se aproximando com cuidado. Pelo menos parecia uma, embora estivéssemos bem longe do mar. Há muitos lagos por lá. Será que tem gaivotas nos lagos? Acho que ela queria algum possível resto meu de comida, ou era curiosidade. Chegou bem perto. Parecia que olhava nos meus olhos. Apelidei-a de Fernão, em homenagem ao Fernão Capelo Gaivota (Richard Bach, 1970), mais uma estória de liberdade. O vento urrava e minhas mãos estavam congelando. Qualquer coisa solta voava da moto. Tive que pegar as luvas térmicas do baú e zarpei pra abastecer só bem depois.

Acabei rodando 340km desde Moose Jaw para aí sim encontrar um posto com restaurante. Era o Trailside, em Walsh, já na Província de Alberta. Adeus Saskatchewan! O tempo estava melhor. Abasteci sozinho, fui pagar lá dentro, comi uns chocolates e tomei café. Estava escrito sobre a porta de entrada algo do tipo: “Caloteiros, ladrões e vagabundos serão baleados. Eventuais sobreviventes serão baleados de novo”. Uau, o sistema ali era bruto. Provavelmente não seria o tipo de lugar em que o Peter Fonda e o Dennis Hopper se sentiriam muito à vontade. Dá mole, fio, pa tu vê o que acontece! Talvez tivessem uma escopeta ou um taco de baseball atrás do balcão, coisa assim. Por via das dúvidas não fiquei andando muito entre as gôndolas. Mas o rapaz da loja acho que simpatizou comigo, sobretudo depois que paguei a conta, e até concordou em fazer uma foto minha. Bora que ainda temos mais de 600km.

A rodovia estava vazia. Poucos carros, alguns motor homes, os quais depois eu veria muitos de Banff pra cima, até a volta, na British Columbia. Não havia caminhões e o trem, em composições quilométricas, era coisa comum ao lado da estrada. Que bom se pudéssemos no Brasil cruzar todo o país de trem. No Canadá, foi o trem que integrou a British Columbia e impediu que essa província se tornasse território dos Estados Unidos. É possível fazer turismo ferroviário de lado a lado do Canadá. Uma linha transcontinental. Pode-se, por exemplo, sair de Toronto e chegar a Vancouver (4.466km). Há outros passeios mais lentos, de 10 dias, entre Montreal e Vancouver (3.381km), sempre atravessando as Montanhas Rochosas. Foi o que li no meu guia dos Mil Lugares pra se Conhecer Antes de Morrer.

Passei batido por Medicine Hat e me mantive na Trans-Canadá para Calgary. Medicine Hat também é uma cidade bonita, e é grande até. Da estrada eu via as marcas muito comuns de todas as grandes cidades canadenses: o Canadian Tire, Tim Hortons, Holliday Inn, Super 8, Motel 6 etc… Só pra variar, não há pobreza. E é, em geral, um país bastante seguro também. Nas paradas na estrada sempre deixava GPS na moto, luvas e capacete, e até as chaves deixei muitas vezes. Sem problemas.

Era já de tarde quando cheguei em Calgary, com vento e o tempo virando para chuva. Havia nuvens negras ao redor, mas não estava chovendo na rodovia. Ainda bem. Sempre quando chovia pensava em cobrir o GPS, ou até retirá-lo. O Nuvi 40 não foi feito para isso. Mas parei pra colocar o zip-loc nele e prendi com silvertape. Fui recebido na cidade por um imenso portal entre as nuvens. Muito estranho. Era como se fosse uma porta gigantesca, e em formato retangular, sério, tendo em toda a volta nuvens que desciam até o horizonte. Acho que era pra eu passar mesmo. Passei e optei depois pelo by-pass para Banff e, por isso, não vi a cidade propriamente, mas os subúrbios, de sobrados bem iguaiszinhos, pintados de marrom claro e branco.

Calgary é cidade realmente grande, com mais de 1 milhão de habitantes. Isso sempre sinaliza para o motociclista com dificuldades e sacrifícios. Por isso escolhi ir pelo imenso anel viário. Nem sabia que tinha um, mas quando vi placas não tive dúvidas. Depois achei em vários momentos que estava perdido. As placas indicando Banff desaparecem, mas pelo menos você percebe que está contornando a cidade. Eu achava que logo daria uma volta completa sem achar a saída para Banff. O GPS não ajudava. Ele queria que eu fosse pela cidade. Foi um dos nossos primeiros desentendimentos. Nem sei o que fiz direito. Na verdade, eu tinha que, a certa altura, passada a cidade, retornar à Trans-Canadá. Mas não sei se retornei à Trans-Canadá 1 ou 1A. De qualquer modo, nessa hora já dava pra ver as montanhas ao fundo.

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Calgary fica apenas a 80km das Rochosas. Lembrei da visão que tive da Cordilheira dos Andes a partir de Mendoza, Argentina, quando eu e meu amigo Júlio cruzamos para o Chile. Passei por lá a primeira vez em 2007, eu de Bandit 650 e o Júlio de Boulevard 800. Ele retornou de Santiago e eu desci para Ushuaia. No ano seguinte compramos juntos uma V-Strom pra cada um. Que lindas! Certa ocasião, era dezembro, resolvemos ir para Paraty com as motos. Pegamos uma baita chuva na chegada. Era chuva torrencial que não parava. Mesmo assim, os cabeça de bagre aqui resolveram subir para Cunha, por aquela conhecida estrada de terra, que na verdade nem era uma estrada, pois estava fechada fazia um tempo. E a chuva continuava. Ele tomou o primeiro tombo. Eu pensei, Xiii, esse Júlio vai dar trabalho. Nós, na verdade, não tínhamos nenhuma experiência off-road. Logo depois eu tomei o meu primeiro tombo. Paguei a língua, mas ainda acreditava que era algo excepcional. Tínhamos um trecho de apenas 9km de lama para percorrer, em subidão, e de repente nos demos conta de que não estávamos avançando. Acontece que a chuva não parava e a estrada virou um grande lamaçal. As motos caíam quando tracionávamos, ou caíam quando freávamos. Não tinha jeito. Cada vez que um caía o outro parava para ajudar a levantar os 250 kg que estava pesando cada V-Strom, com tanque cheio. Ao tentar levantar as motos, nossas botas escorregavam no barro, e ficávamos sem apoio. Andava mais um pouco, às vezes só alguns metros, e caía de novo. Nossas forças foram se acabando. Propus de desistirmos e descermos para Paraty. Mas não era boa idéia, pois deslizar na lama montanha abaixo era uma grande possibilidade. Fazia um calor monstro debaixo das roupas de cordura. Não tínhamos mais fôlego. No início de mais uma subida em curva, caí logo na base e nenhum de nós agüentava mais levantar as motos. Sentamos numa pedra e ali ficamos prostrados, vendo a moto no chão. A luz do dia já estava indo embora. Não havia mais o que fazer. Até que veio um cristão numa CG 125 descendo a ladeira de lama, e vinha numa boa, até a roupa limpinha. Ah, bandido, como é que tu faz isso?! Ele nos deu a maior força. Ajudou a levantar a minha moto. Deu aquele empurrãozinho, mas aí eu caí de novo. Arrastei a frente da moto para baixo, pra descer e começar a subida outra vez. Quando ela ficou de pé, desci mais um pouquinho e caí em 1 segundo. Estava muito cansado e cometia insistentemente um erro básico: freava com o da frente. Meu Deus! Quanta ignorância! O cara só falou isso: Olha, faz o seguinte, não usa mais o freio da frente na lama não, ta?! Ops, então era esse um dos segredos! Maravilha. Conseguimos vencer mais essa ladeira e, depois, sempre sem tracionar muito, indo o mais possível pelas cavas já prontas, conseguimos chegar até o asfalto. Foram 5 horas na chuva para percorrer só 9km. Chegamos completamente imundos e exaustos em Cunha, já noite escura, mas satisfeitos. Acho que foi Deus que colocou aquele motociclista simples e de bom coração no nosso caminho. Bom, ele deve ter se divertido um bocado também com a nossa estupidez. Mas é assim, sempre que precisei de alguma ajuda no caminho, ela apareceu de algum modo. Essa é mais uma magia das estradas. É incrível como sempre aparecem as pessoas certas na hora certa. Se não apareceu alguém para ajudar, é porque não é ainda o momento, o que não quer dizer que devamos ficar parados à espera. É preciso cavoucar as oportunidades e confiar em Deus. Bem, no final, a V-Strom sobreviveu para mais esta aventura. Desta vez, já a mais de 1.300m de altitude, entre montanhas do Canadá, gelo e pinheiros, passei pelo belíssimo lago Lac des Arcs, e depois abasteci na cidadezinha de Canmore, sempre tendo o rio Bow por perto, até cruzar finalmente o portal de Banff.

VStrom na Lama

Esse era um destino de grandes expectativas, tanto que planejei passar três noites ali. Seria uma das poucas oportunidades em toda a viagem de passar mais de 12 horas em um mesmo lugar.

O Parque Nacional de Banff foi o primeiro parque nacional fundado no Canadá, e é o mais famoso das Montanhas Rochosas. Sua criação, em 1885, também tem a ver com a Canadian Pacific Railroad, pois foi quando a linha férrea estava passando por lá, em 1883, que os funcionários da companhia descobriram nascentes de água quente no pé da Sulphur Mountain. Foi daí que imaginaram o potencial turístico da região. Mas tudo lá é muito bonito, e vale a pena visitar. Em 1888, a própria Canadian Pacific Railroad construiu o Banff Springs Hotel, o mais bonito da cidade, muito luxuoso. Hoje é o Fairmont Banff Springs. Tirei umas fotos. É inacreditavelmente lindo. Mas, para os mortais, como eu, só apreciar as montanhas com mais de 3.000m de altitude, cachoeiras, cânions e principalmente os lagos de lá já é um grande programa. Tem também os bichos. A gente consegue ver esquilos aos montes. Eu vi nas estradas ao redor uma rena, um carneiro selvagem, mas também tem os ursos negros e o famoso grizzly. Há muitos lobos, mas é muito difícil de vê-los. A própria cidadezinha de Banff é muito legal e acolhedora. É um estilo assim que lembra Campos do Jordão, ou melhor, talvez Campos do Jordão lembre um pouco Banff.

Voltando um pouco, depois de pagar $ 29 dólares no East Gate, que é como uma praça de pedágio para cobrar o ingresso no parque – porque tudo ali é considerado parque –, estava dentro de Banff. Logo na chegada vi uma prova de ciclismo pelas ruas da cidade, com as montanhas geladas ao fundo. Muito bonito. Procurei um hotel mais barato desta vez. Como havia vários, e eu não estava tão cansado nesse dia, resolvi pesquisar. No segundo já achei que estava bom. Graaande pesquisa essa. Fechei com o Voyager Inn, na Banff Avenue, por cem dólares a diária pagando-se em dinheiro. Estava razoável para as circunstâncias. Hotel no Canadá e Estados Unidos é caro. Os demais eram mais perto do downtown, então deveriam ter preço mais alto. Esse Voyager Inn tem uma parceria com o Spruce Grove Inn, que fica bem ao lado. Não entendi muito bem na hora. Acertei tudo numa recepção, depois me mandaram estacionar a moto no hotel ao lado, sendo que meu quarto também ficava lá… Era preciso atravessar um corredor entre os hotéis. Eles são ligados pelo subterrâneo… vira daqui, vira dali, uma confusão … principalmente quando se retorna da cidade já meio chapado, depois de umas tequilas no Magpie and Stump Bar, na Caribou Street.

Bem, nos dias seguintes pude visitar uma famosa piscina natural de água quente, chamada UPPER HOT SPRINGS POOL, visitei a SULPHUR MOUNTAIN, com 2.295m de altitude, onde meu pé se acabou em bolhas por causa da bota nova e da caminhada de 10km; rodei pela cênica estrada BOW VALLEY PARKWAY – que nada mais é que a Trans-Canadá 1A, isto é, uma estrada turística paralela à principal – até o LAKE LOUISE, de uma beleza de tirar o fôlego, conhecendo na volta o JOHNSTON CANYON. Depois, pela sinuosa Minnewanka Drive, fui dar um tchau para o LAGO MINNEWANKA, que é o maior lago do Parque.

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Após os passeios, era gostoso sentar num bar ou restaurante na avenida principal, tomando uma cerveja e observando a atmosfera local, a turistada passando. Sete milhões de pessoas visitam anualmente os três parques: Banff, Jasper e Yoho. Nessas horas, contudo, bem ao contrário de quando estava nas estradas, me sentia um pouco deslocado, lembrando da família em Sorocaba. Estava difícil o contato, porque não havia telefones públicos na cidade e o computador do hotel era bem ruim. Funcionava com moedas, mas mesmo assim mal. Com saudades delas, entrei numa lojinha para comprar uns cartões postais. Senti que podia ser uma forma de estar mais próximo. Assim que entrei na loja me chamou muito a atenção um pôster de um urso Grizzly e um lobo, sendo que o Grizzly tinha sob a pata dianteira direita uma carcaça de animal. Estavam encarando um o outro. Urso e lobo face to face, num fundo belíssimo de neve bem branquinha e pinheiros. Fiquei fascinado. Perguntei ao vendedor sobre a foto, se era uma montagem aquilo. Ele disse que não, e que a foto tinha sido tirada ali mesmo no Banff National Park, perto dali. Perguntei se tinha também a foto em cartão postal, e sim, tinha. Mandei um desses para casa, com algumas informações da minha viagem, e assim pude matar um pouco das saudades. Investigando depois melhor essa foto, soube que foi tirada em abril de 2008 por um fotógrafo especializado em natureza, o Peter Dettling, e se chama “A Moment of Truce”, que em inglês quer dizer: um momento de trégua. É que tem toda uma história por trás dessa foto. O urso grizzly tinha invadido um território de lobos, chamado Nanuk’s Hill, ou colina do Nanuk. Nanuk era o macho líder de uma matilha de nove lobos, sendo que uma das lobas estava prenha e por isso o território estava sendo muito bem defendido. O urso, teimoso, brigou com os lobos por quatro dias. A foto foi tirada exatamente num instante de trégua, em que, já cansados, os dois incríveis animais mediam o que restava de suas forças. Isso dá bem a idéia da espetacular e cativante natureza em Banff.

Momento da Tregua

Num intervalo entre essas andanças, resolvi dar uma inspecionada no óleo da moto. Ele vazava, mas ainda não tinha ficado abaixo do nível máximo. Podia ser excesso. Esgotei mais de meio litro até ficar na marca do nível máximo. Limpei tudo bonitinho e fiquei esperançoso. No dia seguinte, na Bow Valley Parkway, em frente às Castle Mountain, um lugar lindíssimo, percebi que ainda vazava. Ou não era excesso de óleo, ou o excesso havia comprometido algum retentor ou coisa parecida …

Nessa parte do caminho, como vimos, já podia eventualmente encontrar ursos. Dentro da cidade de Banff, todas as lixeiras são muito especiais. De ferro, bem pesadas, são chumbadas na calçada, e a tampa é à prova de ursos e, também, à prova de turistas de primeira viagem. A gente tenta abrir e não consegue, olha em volta, dá um assobio e segue andando … Até que se descobre que é pra enfiar a mão embaixo da alça estampada na lata da própria tampa e levantar (“lift”, cabeçudo, “lift”!!!) uma tramela ali debaixo. Bom! Há muito para se aprender sobre ursos, mas de uma coisa eu já tinha sido informado: evite se aproximar deles e, encontrando um, jamais corra. Permaneça calmo!! Eu disse caaaaaalmo. CAAlmo porra!!

Então tá bom. Amanhã a tocada seria para Fort St. John. Se tudo desse certo, seria apresentado no dia seguinte mesmo à Alaska Highway. Nem parecia verdade. Já tinha feito em torno de 4.000km, cerca de 13% de toda esta última etapa. Estava 4 horas atrasado em relação ao fuso horário de Sorocaba e o pôr do sol em junho naquela latitude norte acontecia quase às dez da noite. Abasteci a moto e fui me preparar para as estradas.

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