San Pedro de Atacama – Arica – 7º dia

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América do Sul, Chile

San Pedro de Atacama – Arica (Parcial = 711 Km / Total = 4.363 Km)

Às 09:00 h, após um magro café da manhã, o Edinho sugeriu abastecermos somente em Calama para ganharmos tempo.

Partimos de San Pedro de Atacama com o Sol a nossa direita, no rumo norte. Estava bem frio e a segunda-pele fazia bem o seu papel. Os motores das três Harleys zuniam, cortando a excelente estrada infindável, que rasgava a região desértica, que mais parecia uma paisagem lunar. Eu e Robertinho paramos na entrada de Calama e resolvemos esperar o Edinho, porque iríamos direto para Chuquicamata abastecer, sem desviar da nossa rota prevista.

Esperamos o Edinho durante uns 30 minutos. Quando ele chegou, explicou que tinha ficado sem gasolina e precisara usar a que estava no galão de reserva. Como não tinha mangueira, furtou uma garrafa do oratório mais próximo da Difunta Correa, a fim de improvisar um funil. Ainda bem que nenhum fiel presenciou a profanação.

Em Pozo Colorado, acompanhamos o Edinho na decisão de não completar os tanques e seguimos viagem.

Depois que o ponteiro do marcador de combustível baixou de meio tanque, começamos a ficar preocupados. Caso não aparecesse algum posto, pelo menos, sabíamos que o Evolution do Edinho iria parar primeiro.

Imediatamente, reduzimos a velocidade para 90 km/h a fim de diminuir o consumo da gasolina e chegar o mais longe possível. O tempo passava, a gasolina estava terminando e nenhum posto aparecia. Já estava pensando em uma ação alternativa, quando um posto apareceu. Por pouco não ficamos na estrada, com pane seca.

Mais adiante, no topo da cordilheira, precisamos tocar a 20 km/h, porque a estrada estava péssima por uns 10 km, onde terra, seixos, lama e muita poeira levantada por carros e caminhões tornavam o local infernal para andar de motocicleta.

Como estávamos bem devagar, o Edinho passou a nossa frente e sumiu no meio da nuvem de poeira. Ultrapassamos mais este obstáculo e seguimos por estradas excelentes com o Sol bem na nossa frente, dificultando a visão da estrada.

Numa descida rápida em curva para a direita, estávamos entre uma fileira de carros e percebemos o Edinho parado, a beira da estrada, dando explicações aos policiais chilenos. Como não havia condições de pararmos, seguimos em frente e chegamos a Arica, às margens do Pacífico, ainda com um pouco de claridade do Sol, às 19:30 h.

Abastecemos as motos e ficamos esperando o Edinho resolver o novo problema para procurarmos um hotel. Rodamos um pouco pela bonita cidade e o Edinho nos levou para um bonito hotel, a beira mar.

PHD Artur Albuquerque
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