4º dia – São Sebastião – Curitiba

O dia foi intenso, mas muito proveitoso. Saí de São Sebastião não muito cedo, o tempo estava fechado e garoava em alguns trechos da estrada. Depois melhorou e só voltou a cair uma chuva fina quando estava na Régis, próximo a Curitiba.

Percorri a Rio Santos em toda a sua extensão, degustei a estrada, mas não vi todas as atrações que ficam no seu entorno, creio que precisaria de muitos dias para conhecer melhor. Valeu a pena e indico para quem quiser tirar uns dias para percorre-la em uma viagem de moto, com calma, parando para conhecer as cidades, paisagens e praias.

Para quem quer ir direto para o Sul do Brasil e pensa em utiliza-la como alternativa ao trecho tradicional que passa pela Região Metropolitana de São Paulo, não compensa, é muito travada e a viagem não rende.

Um fato curioso, ainda na Rio Santos, perto de Maresias, parei para colocar a capa de chuva e quando olhei para o acostamento uma série de pratos esquesitos. Cheguei mais perto e eram “despachos” de macumba, com velas, partes de animais e garrafas de bebidas. Um horror.

Estou utilizando um mapa atualizado do Brasil no GPS, mas próximo a Santos ele me fez fazer um balão que me jogou no sentido contrário ao que deveria ir, me fazendo perder tempo, mas no mais ele está ajudando muito. Eu achava que teria que passar por dentro de Santos, mas ele me conduziu por um caminho muito melhor, contornando a cidade por uma excelente estrada, sem semáforos e pouquíssimos quebra-molas, apesar de atravessar cidades como Cubatão (que quantidade de indústrias) e ilha grande.

Na Régis a viagem rendeu muito, mas tem alguns trechos precisando de manutenção. A poucos quilômetros de Curitiba, vi a placa indicando a Estrada da Graciosa. Entrei por ela e fui até Morretes. Linda a estrada, como havia lido a respeito. Flores ao longo, plantas, mata e vários pontos de parada para apoio ao turista. Uma pena que o início caia uma leve garoa e a estrada estava bastante escorregadia, por causa da chuva e por muitas folhas espalhadas no asfalto e no piso de pedra.

São 33 quilômetros de estrada, com sua aura de século 19 – até os paralelepípedos e pedras lisas da época foram mantidos. A Estrada da Graciosa foi inaugurada em 1873 e vai da BR-116 próximo a Curitiba até Morretes, seguindo pela serra do Mar e atravessando o trecho mais intacto de Mata Atlântica do Brasil, limitando dois parques estaduais paranaenses.

O ideal é fazer a viagem sem pressa alguma, para admirar a bela paisagem. O turista vai encontrar sete mirantes batizados de recantos (Vista Lacerda, Rio Cascata, Grota Funda, Bela Vista, Curva da Ferradura, Mãe Catira e São João da Graciosa).

Depois de Morretes, peguei a Rodovia Curitiba – Paranaguá, uma ótima estrada, mas o pedágio é altíssimo, R$ 7,70 para moto percorrer pouco mais de 70 km.

Cheguei a Curitiba com tranquilidade, apesar do trânsito intenso de fim de tarde. Fui para o centro da cidade procurar um hotel e vários, com preço até razoável, não contavam com estacionamento. Um deles o estacionamento era fora e não aceitava moto. Acabei ficando em um excelente, mas acima do meu orçamento, chama-se Curitiba Pálace Hotel. A localização é muito boa, tanto que pude ir até a parte histórica, parei no Bar do Alemão para tomar um chope e comer uma salsicha.

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Números do dia:

Distância percorrida: 631 km

Abastecimentos:

Bertioga
R$ 49,02
15,87 litros
R$ 3,089 / l
267,8 km
16,88 km / l

Miracatu
R$ 32,01
10,855 litros
R$ 2,949 / l
200,5 km
18,47 km / l

Antonina
R$ 33,68
11,23 litros
R$ 2,999 / l
194,3 km
17,30 km / l

Pedágios: R$ 10,40

Jantar: R$ 51,00

Lanches: R$ 24,00

Hospedagem: R$ 165,00


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