Serra do Cipó

Rodamos mais de 250 km hoje, indo até a Serra do Cipó para um passeio marcado na última hora. Mandei uma mensagem para alguns amigos por volta das oito horas da noite de ontem, e cinco responderam confirmando presença. E quem foi não se arrependeu.

Compareceram o Alex, Álvaro, Frederico, Júlio, Marcelo, Maurício, Sérgio e eu. Seis motos, cada uma de um modelo diferente da Harley-Davidson: Dyna, Electra Glide, Fat Boy, Road King, Sportster e VRod.

Combinamos de nos encontrar num posto de combustível na Avenida Cristiano Machado. De lá fomos para a casa do Júlio em Lagoa Santa, onde ele trocou de moto e aproveitamos para tirar algumas fotos muito bonitas numa lagoa próxima.

Depois fomos para a Vila Serra do Cipó, onde almoçamos no restaurante Panela de Pedra, uma deliciosa comida feita no fogão a lenha e servida no sistema de self service, acompanhada de sobremesa com doce de leite, queijo e muito bate papo.

Com a fome saciada, seguimos para a Estátua do Juquinha, uma atração da região, mas show mesmo é o visual da região. Apesar na vegetação estar seca nesta época do ano, dá para enxergar muito longe do alto das montanhas pelas quais passamos.

Juquinha era um andarilho que vivia na Serra do Cipó, e trocava flores que colhia na Serra por comida. Em 1987, após a sua morte, prefeitos e população das cidades vizinhas resolveram homenageá-lo com uma estátua localizada em um dos pontos mais altos da serra.

A obra foi realizada pela artista Virgínia Ferreira e levou 8 meses para ser finalizada. Naturalmente, pela história, localização e perfil dos frequentadores, a estátua acabou ganhando contornos místicos. A sua semelhança com algum personagem que estampa capa de discos do Led Zeppelin e do Jehtro Tull contribui para a aura esotérica.

O tempo estava ótimo a maior parte do tempo, aberto, com sol forte. Quando chegamos em Lagoa Santa algumas nuvens apareceram, mas logo se dissiparam. Quando subimos a serra, avistamos o cume das montanhas mais altas cobertas de nuvens. A montanha onde fica a Estátua do Juquinha era uma destas, o que deu uma aparência bem diferente às fotos que tiramos. E lá em cima estava um friozinho muito gostoso, contrastando com o calor que fazia em BH quando saímos.

De um modo geral as estradas pelas quais passamos estão muito boas. Em alguns trechos falta sinalização e têm alguns poucos buracos que não chegam a atrapalhar ou colocar em risco a viagem. O pior é o trecho que corta Lagoa Santa, cujas ruas estão com muitas irregularidades. Foi lá também que pegamos um baita engarrafamento, debaixo de um sol muito forte.

Neste passeio tivemos uma passagem muito engraçada. Como íamos passar na casa do Júlio, ele foi de capitão, conduzindo o comboio. Em determinado momento ele começou a fazer alguns sinais que, apesar do Alex e Marcelo, que vinham logo atrás, não entenderem, repetiam para os demais, que também não entendiam. Lá atrás eu quase caí da moto de tanto rir porque estava imaginando que o Julio estava era conversando com seu filho Frederico, que estava na sua garupa, e os tais gestos eram da conversa entre os dois. Quando paramos demos muitas gargalhadas.


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