Um ano de moto pela América do Sul

Dois motociclistas de Brasília começaram, nesta quarta-feira (3), uma longa viagem de moto com previsão de percorrer 60 mil quilômetros pelas estradas da América do Sul em 365 dias. O itinerário inclui os 13 países do continente e deve passar pelas 27 capitais brasileiras, saindo do Distrito Federal. A dupla passou um ano planejando a aventura e pretende mostrar, nas redes sociais, a história de pessoas entrevistadas pelo caminho.

O longo trajeto a ser percorrido pelo publicitário Raphael Deeter e pelo fotógrafo Geraldo Helcius começou às 9h desta quarta na Torre de TV, monumento no centro de Brasília. De lá, a dupla partiu rumo a Goiânia, percorrendo os primeiros 200 quilômetros da aventura.

Para conseguir realizar a viagem, os dois entraram em contato com motoclubes dos países por onde vão passar e já “pré-apuraram” algumas das histórias que vão contar. Os registros serão feitos com equipamentos semiprofissionais, guardados nos alforjes das motocicletas.

O sonho não saiu barato – para custear o deslocamento, os dois venderam carros, apartamentos e boa parte dos pertences. A viagem, que deve durar até julho de 2017, tem uma regra desafiadora: Deeter e Helcius não podem pagar pela hospedagem. Para isso, eles contam com ajuda de pessoas que conheceram o Projeto Tempestas no Facebook.

Viagem de moto pela América do Sul
Partida da dupla, acompanhada por amigos

“Já descobrimos muita coisa, como motoclubes exclusivos de mulheres, ou o mais antigo grupo do Brasil. Conhecemos até mesmo coronéis do Exército que ofereceram ajuda com contato em bases militares, caso precisemos”, afirma Deeter.

Os dois se conheceram há dois anos, mas compartilham do amor pelas motos cultivado desde a infância. O publicitário conta que nasceu em uma família de motociclistas e herdou o amor pelas duas rodas do pai e do avô.

A viagem refaz um trajeto que Deeter percorreu na garupa da moto do pai, quando tinha 6 anos de idade.

“A moto sempre esteve presente nas nossas vidas. Nessa viagem, nossos amigos e nossa família estarão com a gente, colaborando à distância. Um amigo assinou a identidade visual e o logo do projeto, uma amiga fez as fotos de divulgação, outra desenvolveu o vídeo que explica o Tempestas”, diz.

As duas motos carregam cinco malas apropriadas para o transporte da bagagem. Nelas, a dupla guarda câmeras, ferramentas e equipamentos considerados indispensáveis. “Nós brincamos que, quando abrimos mão do carro, da casa, do excesso de roupas e acessórios, passamos a aceitar tudo com mais tranquilidade.”

Para o caso de não conseguirem hospedagem, eles levam uma barraca para acampar. A regra do “custo zero” inclui alternativas inusitadas, como dormir em jardins de igrejas. “Estaremos prontos tanto para o melhor quanto para o pior cenários. Lemos dicas de como acampar em torres de telefonia no Pantanal e evitar que animais nos peguem, por exemplo.”

Fonte: G1.globo.com


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