Viagem de moto pela Cordilheira dos Andes

9º dia – Mendoza – Los Andes

Viagem de moto pela Cordilheira dos Andes

O dia amanheceu perfeito. Céu limpo e azul com uma temperatura agradável e uma bela aventura pela frente: entrar no Chile e chegar a Valparaíso conforme programado.

A decisão de trocar de hotel mostrou-se acertada não só pelas melhores instalações, como pelo café da manhã que, como se ví pela foto, é bem melhor que o do hotel do dia anterior.

Arrumamos a bagagem e partimos. íamos em seis motos: eu, Everaldo, Chico, Bento, Eduardo e Marcelo, sendo que os dois últimos nos acompanhariam apenas até a aduana e retornariam. Os demais ficaram no Hotel em Mendoza.

Quando havíamos rodado cerca de 20 km pela Ruta 40, reparamos à nossa direita algumas montanhas cobertas de neve. Dentre elas o Aconcágua. Paramos para ver melhor e tirar as tradicionais fotos. Logo depois tive um contratempo.

Pegamos a Ruta 7, estrada que nos levaria em linha reta até a Cordilheira dos Andes. Como as demais até aqui, uma estrada excepcional. Inicialmente passamos por uma longa reta e depois começamos a subir as montanhas, o que nos permitiu ter uma visão fantástica da cordilheira, passando por montanhas com interessantes formações, lagos azuis, rios, túneis e curvas, muitas curvas. A estrada tem um trânsito intenso de caminhões que levam mercadorias de um país para o outro.

Interessante é a ponte natural sobre o Rio Las Cuevas, com uma cor amarelada e onde tem uma construção Inca feita de pedras. No local tem muito movimento, com feira de artigos locais e onde os turistas param para comprar bugigangas e tirar fotos.

Continuando a viagem, chegamos à parte mais emocionante até então, o Parque Aconcágua, onde pudemos ter uma vista privilegiada do pico nevado.

Começava a escurecer e a esfriar. Demoramos muito nas paradas e ainda faltava passar pela aduana. O Eduardo e o Marcelo se empolgaram tanto com a visão do Aconcágua que resolveram seguir conosco até Valparaiso.

Entramos no Túnel Cristo Redentor, onde no meio fica a divisa entre os dois países, e 3.200 metros depois (é a extensão do túnel) estávamos no Chile. Mas ainda faltava a aduana.

Estávamos a mais de 3000 metros de altitude e fazia cada vez mais frio. Tive que colocar os forros da jaqueta e a luva para ajudar a esquentar.

Chegamos à fila para a aduana chilena. Não víamos o seu início. Esperamos, esperamos, esperamos e a fila andava muito lentamente.

E a noite foi caindo, e nós esperando, no frio cada vez mais intenso.

Até finalmente chegar à aduana. Aí foi um pé no s@co. Tem que passar em cinco guichês diferentes, apresentar os documentos para um, para outro, um bate um carimbo, outro assina, outro confere… Depois os fiscais olham as motos, perguntam o que levamos, onde vamos, quando voltamos, confere bagagem… PQP, parece que não querem turistas no país. Além de ineficientes, burocratas. Cinco horas depois, às 23:00 horas, conseguimos passar. Mas ainda faltavam mais de 140 km até Valparaíso. Chegaríamos de madrugada lá, então resolvemos procurar hospedagem em Los Andes, que é a cidade mais próxima da fronteira. Então começamos a descer a montanha, passando pelos famosos Caracoles. Chegando a Los Andes, procuramos um hotel, que estava lotado. Informaram que era o único da cidade. Seguimos para a cidade seguinte, depois a outra e assim por diante. Não encontramos nenhum lugar para ficar.

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