Matéria G1 sobre Viagem de moto até o Deserto do Atacama

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Matéria G1 sobre Viagem de moto até o Deserto do Atacama

‘Fiz uma viagem de moto de Belo Horizonte ao Deserto de Atacama’

Leia o resumo da viagem, publicada no portal G1.

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Vulcão Licancabur, fronteira entre Chile e Bolívia (Foto: Rômulo Provetti/VC no G1)

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Llamas e vulcão, fronteira entre Chile e Bolívia (Foto: Rômulo Provetti/VC no G1)

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Mano del Desierto, Atacama, Chile (Foto: Rômulo Provetti/VC no G1)

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Parque Aconcagua, Argentina (Foto: Rômulo Provetti/VC no G1)

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Grande Salar, Argentina (Foto: Rômulo Provetti/VC no G1)

Após ler a reportagem sobre os quatro brasileiros que foram do Espírito Santo até Machu Picchu, no Peru, de moto, publicada neste sábado (28) no G1, resolvi enviar também a minha aventura pelas estradas do continente.

Em maio de 2008, dois amigos me convidaram para, saindo de motocicleta de Belo Horizonte, viajar até a Argentina e o Chile para acompanhar algumas etapas do Rally Dakar que ocorreria naqueles dois países em janeiro de 2009.

Por oito meses planejamos a viagem, estudamos o percurso do rali, definimos o roteiro, as cidades onde iríamos pernoitar, os equipamentos e os recursos que seriam necessários.
Depois de tudo pronto, recebi a notícia de que ambos estavam desistindo. Nunca havia feito uma viagem tão longa de motocicleta, mas revestindo-me de toda a coragem que tinha (e não tinha) resolvi cumprir sozinho o roteiro planejado.

E assim foi que, no dia 2 de janeiro, carreguei minha motocicleta Harley-Davidson XL 883, e parti para a maior aventura da minha vida.Seguindo pelo interior de São Paulo e Paraná, no dia 5 entrei na Argentina por Foz do Iguaçu. Passei por diversas cidades daquele país, enfrentando temperaturas superiores a 40° C, até chegar a Mendoza, onde pude acompanhar toda a movimentação do rali, bem como conhecer um pouco das belezas da região que fica aos pés da Cordilheira dos Andes.

No dia 10 atravessei a Cordilheira em direção ao Chile, me deparando com temperaturas abaixo de zero, e algumas das paisagens mais deslumbrantes que eu havia visto, como o Aconcagua, o segundo pico mais alto do mundo, com 6.962m. Fui até Santiago e de lá para o Deserto de Atacama.

No dia 17 retornei à Argentina pelo norte do Chile, fronteira com a Bolívia, onde passei por lugares com altitudes superiores a 5.200m, conheci vulcões ativos e adormecidos, as famosas llamas e vicunhas andinas. Também andei sobre o Grande Salar onde encontrei até casa com paredes feitas de sal e desci a cordilheira por uma estrada que serpenteava suas encostas com uma infinidade de curvas.

Durante a viagem passei por lugares inóspitos e pouco habitados, onde os postos de gasolina e as cidades são raros. Retornei ao Brasil no dia 20 por Foz do Iguaçu, e depois de passar por Curitiba e São Paulo, cheguei em casa no dia 25 de janeiro.

Durante 24 dias percorri 10.522 km de estradas do Brasil, Argentina e Chile. Apesar de ter saído de Belo Horizonte sozinho, tive a oportunidade de compartilhar a estrada com pessoas que conheci durante a viagem e que me ajudaram a enfrentar a saudade da família e dos amigos. Foi uma aventura para nunca ser esquecida, que me fez vencer desafios e medos, conhecer lugares maravilhosos e valorizar ainda mais a vida.

Fonte: VC no G1


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