16º dia – Parque Nacional Torres del Paine

O dia foi de coxinha, como os motociclistas chamam quem tem moto e a usa mais para se exibir e fazer pequenos passeios. No meu caso, um mega coxinha, pois a moto ficou parada no hostal durante todo o dia enquanto eu fui conhecer de ônibus o fantástico Parque Nacional Torres del Paine, no sul do Chile.

Contratei o passeio com a dona do hostal, que serviu de intermediária da agência. Marcaram de passar às 7h30 para me pegar, mas já eram quase 8 horas quando o guia bateu à porta. Sentei em uma poltrona e quando fui inclinar o encosto ele desabou no colo de uma moça atrás. Desculpe, desculpe. Eu e o namorado dela tentamos consertar, mas não conseguimos. Ainda bem que ele não tentou me consertar por acertar sua namorada. Troquei de poltrona todo envergonhado. Depois passamos por mais dois hotéis para pegar mais passageiros.

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Por último, já dentro do parque, entraram o Jorge e sua esposa, que foram levados por uma van até o ônibus. Tinham esquecido os dois para trás. Ele teve que sentar na poltrona que eu tinha destruído. Simpático, a primeira coisa que disse foi que “- Um gordo havia sentado naquela poltrona…” Quando disse que fui eu, ficou todo sem graça e pediu desculpas. Mas conversamos muito. Quando ia falar comigo, chegava perto como que querendo confidenciar alguma coisa. Disse que achava os chilenos do sul muito simpáticos, ao contrário dos de Santiago que são muito apressados e antipáticos. Ele é de Santiago e só depois eu falei sobre a experiência que tive com um taxista, quando passei por lá em outra viagem de moto. Em uma parada em uma loja de regalos, vi um objeto interessante e peguei. Custava 15.000 pesos (R$60). Mostrei para ele que disse que viu o mesmo artigo na cidade por 3.000 pesos.

Viagem de moto até Ushuaia - Argentina - Torres del Paine

Antes de chegar ao parque, passamos pela Cueva del Milodon. Segundo o guia, há muitos anos descobriram dentro daquela enorme caverna que visitamos, os esqueletos e pêlos de um grande animal que só existia na região da Patagônia. Para mim era um urso que fugiu do frio do Polo Norte e andou tanto que chegou ao Polo Sul, viu que era frio também e morreu de depressão dentro da caverna.

Viagem de moto até Ushuaia - Argentina

Desde Puerto Natales o Cerro Paine Grande, a maior das torres de granito que formam a Cordilheira Paine, já pode ser vista. Pouco depois de deixar a cidade pegamos uma estrada de rípio, muito bem compactado e chegamos à portaria sul do parque. Depois dos trâmites para entrada, começamos a percorrer as estradas internas, todas de rípio, parando nos mirantes que proporcionam visões diferentes da cordilheira, seja como moldura para um lago de águas de cor cinza ou outro de águas azuis, um rio de água de degelo ou grandes extensões com vegetação rasteira. Destaque para os cuernos, formações de granito que fazem companhia para o Paine Grande.

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Diversas vezes encontramos o grupo de motociclistas que eu havia conhecido em Ushuaia, que tem um guia chileno e vários europeus, além de chilenos, americanos e canadenses.

Fizemos uma caminhada, depois outra parada para apreciar a paisagem, outra para um piquenique e mais tarde vimos guanacos e flamingos em uma laguna de água salgada. Saímos pela portaria norte, mais distante da cidade, mas cuja estrada é asfaltada até a portaria.

O passeio foi excelente, mas ficou a vontade de ter feito com a moto. A todo momento via pela janela do ônibus um lugar e pensava como daria uma foto fantástica, mas não podia parar para registrar. Ou então fazer como o carioca Filipe, que em novembro passou por aqui, deixou sua moto na cidade, colocou a mochila e a barraca nas costas e fez uma caminhada de três dias pelo parque (a viagem dele está aqui). Mas o passeio está recomendado. Ele entra para a minha lista dos lugares mais bonitos que conheci.

À noite jantei no mesmo restaurante que havia jantando no dia anterior e gostado, mas dessa vez não tive um bom atendimento, tanto que não deixei a propina para a garçonete.

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