O primeiro dia poderia ter sido mais tranquilo, não fosse o intenso calor, uma estrada ruim e um grande engarrafamento. Saí às 8h20 de Belo Horizonte pela BR-040. Um trecho dessa rodovia, recentemente transferido para a iniciativa privada, não está em boas condições e tem alguns pontos com paradas para obras, mas já se vislumbra uma melhoria considerável para os próximos meses. Era tão ruim no trecho entre BH e Congonhas que qualquer melhoria será enorme. Ainda sou otimista.
Em Duque de Caxias peguei a BR-493 até Manilha. Este foi o pior trecho do dia, quando levei cerca de duas horas para percorrer menos de 8 quilômetros de uma estrada péssima, pista única, sem pontos de ultrapassagem, muitos caminhões e um calor infernal. Parei em uma lanchonete à beira da rodovia para tomar água e acabei bebendo duas garrafas de uma vez.
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Depois peguei a BR-101, rodovia privatizada, com muito movimento, não é um exemplo de boa estrada, mas está bem conservada e a viagem voltou a render. No final passei pela RJ-124, conhecida como Interlagos, com trechos em obras, mas o que está pronto está excelente, com ótimo asfalto, abrasivo, bem sinalizada e movimento relativamente tranquilo.
Os pedágios não foram baratos, mas depois de passar pelo trecho da BR-493, acabei me conformando com os preços, considerando a diferença na conservação das estradas pedagiadas e não pedagiadas.
Cheguei a São Pedro da Aldeia para passar alguns dias com a família, para compensar a distância e a ausência temporária.
Durante a viagem, tive problema com a manete do acelerador, cuja capa acabou descolando da parte interna, atrapalhando a aceleração. Na segunda-feira fui à Concessionária da Harley-Davidson do Rio de Janeiro para olhar o problema da manete e da cebolinha do freio traseiro que estava com defeito e não acendia a lâmpada traseira.
Fui prontamente atendido pelo gerente de pós venda Roosevelt, que pediu ao mecânico William para dar prioridade à minha moto. Os problemas acima foram rapidamente resolvidos, mas o mecânico detectou um outro problema no parafuso de sangria do fluído de freio, que deu muito trabalho para trocar e me fez ficar na concessionária até às 19h30, me obrigando a voltar para São Pedro à noite.
Na quarta-feira encontrei-me com o Motociclista Osvaldo Júnior, sua esposa Suellen e a filhinha em Barra de São João, onde comemos uma deliciosa moqueca. Depois fizemos um passeio de barco pelo Rio São João, guiados pelo Sr. Valter, que além de dono do restaurante onde almoçamos é um experiente piloto de barcos, que prega a conservação da natureza e conta ótimos casos sobre a região.
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