8° dia, Três arroyos a Puerto Madryn

Quando nos preparavamos para sair do hotel, para nossa surpresa o Fancesco, o italiano que conhecemos no restaurante, foi até lá para nos ver saindo, o que nos deixou felizes. Já na estrada começamos a sentir um gostinho do vento que nos espera pela frente, frio e forte.
As motos já iniciaram a bebedeira, foi só apertar na casa dos 140 que elas abriram os gargalos com vontade. Já na primeira parada o tempo começou a esquentar e logo já estávamos sofrendo novamente com o calor.

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A partir de Bahia Blanca fomos observando que a vegetação à beira da estrada foi se transformando, o que antes estava verde e florido passou a ficar totalmente arido e seco, com características de deserto. O sol voltou a castigar e a estrada com retas intermináveis fazia com que tivéssemos miragens e em um dado momento eu (Luciano) tive certeza de ver um avestruz na estrada e quando relatei isso para os companheiros, via comunicador, o Ruy disse ter atropelado o bichao.(????).

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Mas a frente o Ruy nos chama a atenção para o mar a nossa frente e eu fiquei a contempla-lo, até  Ivan contestar: Mar?? que mar o que, vocês estão delirando sob esse sol, vamos acordar para a realidade. A medida que avançavamos ficava mais difícil, o calor era tanto que não dava para abrir os capacetes, pois dentro deles estava mais fresco do que do lado de fora. Um baita bafo quente.

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Para colaborar os postos de combustíveis começam a ficar escassos e com fila para abastecer. A distância entre os vilarejos agora passa a ser de aproximadamente 150 km e neste interticio não há NADA além de estrada reta, vegetação arida, areia e muito vento. Estamos tendo um grande aliado, o comunicador, que além de dar mais segurança por manter uma comunicação efetiva ajuda a nos livrar do tédio e espantar o sono. Temos conversado o tempo todo, mas em certo momento percebi no Ivan e no Ruy um cansaço, sono, sono, sono, e já não tínhamos mais assuntos, foi onde comecei a contar piadas para ver se dispertavam. Ajudou, mas não muito, pois contar piada dentro de um capacete sob o sol de mais de 40 graus, com fome, sede e sono não é para qualquer um. Achar graça delas então, menos ainda. Resolvi apelar, comecei a cantar na cabeça deles, se não dispertaram pelo amor agora vão pela dor.

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O Ivan logo entrou na brincadeira e me acompanhou, o difícil era descobrir quem é mais desafinado, coitado do Ruy. Foi aí que, ele, Ruy, resolveu intervir, talvez no intuito preservar os ouvidos e começou a cantar. CARAMBA!!!  O homem canta mesmo, coisa de profissional. Bem, nesta cantoria toda dispertamos, mas também nos distraimos e quando paramos no posto descobrimos que estávamos na direção errada a cinquenta kms. Putzzz, isso me deixou danado da vida, agora teríamos de voltar essa quilometragem toda para acertarmos a direção. Como sabíamos que iria ter mais um posto a 130 km e mais outro a 150, enrolamos o cabo com força e olha que o Vovô Ruy resolveu puxar impondo uma tocada de 150 a 160 Km/h, acho que ele quis relembrar os tempos de Jaspion.

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Tudo ia bem até que me reconduziram ao posto de puxador e eu resolvi manter o ritmo, mas logo a frente deparei com o posto de controle da policia. Nesta hora os dois estavam bem para trás e só eu levei a chamada brava do guarda. Depois do sermão ele me mandou embora, cheio de recomendações. Ufffaaa!!

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Chegamos com o por do sol às 22:00 horas no nosso destino. Foram 13 horas de viagem e mais de 900 km. Estamos com 4800 kms já.

Amanhã é folga, vamos tentar ver as focas e os lobos marinhos.

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SUPERAÇÃO…
Luciano, Ivan e Ruy


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