4º dia – Criciúma, SC – Cristal, RS

Para nós motociclistas, quando mergulhamos em um projeto, precisamos aceitar todos os desafios como possíveis. Mesmo quando tudo foge daquilo que planejamos e os aceitamos simplesmente como uma mudança de projeto. No entanto, quando as coisas saem como desejamos
e muitas vezes melhores até, somente nos resta agradecer ao Alto pelo bem concedido. Pois bem, assim foi o dia de hoje. Saímos de Criciúma, em Santa Catarina a caminho do nosso destino do dia, Cristal RS. Uma pequena cidade, localizada a cerca de 150 kms ao sul de Porto Alegre.

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Nos reunimos, como de praxe na porta do hotel, agora em Criciúma, para a foto do dia e também para o nosso momento de reflexão e agradecimento pelo jornada. Entramos pela BR-101, ligeiramente estragada e sem duplicação e assim rodamos por alguns quilômetros até que nos deparamos com uma estrutura viária de causar inveja às melhores estradas americanas. Isto mesmo (não é exagero). O país não parece o nosso Brasil, as estradas não se assemelham àquelas de nossa Minas Gerais. O mundo é outro. A paisagem, com predominância na agropecuária, com muito gado em fazendas de planícies a perder de vista de lado da via. Do outro lado, campos de arroz, de um verde deslumbrante a nos mostrar que o nosso país tem solução … basta um pouco mais de vontade política.

Resolvemos entrar na cidade de Torres, a primeira cidade do litoral gaúcho. Demos uma pequena volta e a vimos com uma bela cidade praiana. Pena que os nossos trajes em nada combinava com os banhistas. Ficamos parecendo marcianos, andando na praia para tomar água de coco, usando todo o aparato de um motociclista. Foi cômico…

Entramos na rodovia BR-290, Rodovia Osvaldo Aranha, conhecida como a nossa primeira Free Way, com seus 726 Km, cortando o estado do RS de sul a oeste, confluindo com a BR-101 próximo da cidade de Osório, nos levando ao sul do estado. Nesta mesma região se localiza de forma estupenda o segundo maior parque eólico da América Latina, produzindo energia para mais de 700.000 pessoas, num total de cerca de 150 MW. As imagens da rodovia com suas 3 a 4 pistas de cada lado, em um piso similar aos das melhores estradas americanas, junto com os geradores eólicos, formam um conjunto agradável aos olhos.

Por mais de 100 Km, ligamos os pilotos automáticos de nossas ultras, a 110 km/h e nos deliciamos ao sabor da estrada. Prazer que somente nós motociclistas somos capazes de entender, especialmente quando nos deixamos confundir com a paisagem e nela nos integramos de forma sincronizada e harmônica.

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Mesmo no calor do dia, quando nossas brutas, nos alertavam acerca da temperatura no seu entorno, cerca de 115F (44 graus), conseguimos deliciar cada momento. Diante da segurança apresentada pela estrada e da responsabilidade de cada um, resolvemos deixar de lado nossas jaquetas e com muita proteção contra os raios UV’s, nos entregamos a cada momento, a cada curva e em nossa nossa meditação particular, agradecemos ao Pai por aqueles instantes.

O dia já teria sido perfeito, apenas na nossa viagem, mais importante que o nosso destino final. No entanto, sem que soubéssemos, ainda teríamos momentos inimagináveis em nossa chegada. Ficamos em um hotel simples, quase de beira de estrada, em uma cidade bucólica de pouco mais de 6.000 habitantes, chamada Cristal. Lugar de pessoas simples e muitíssimas acolhedoras. Neste lugar, eu pude relembrar alguns de meus momentos de criança, quando juntamente com toda a família, levados pelos nossos pais, íamos tomar banho no Rio Jacaré e Rio Santana, no município de Lagoa da Prata. Isto mesmo, fomos tomar banho no Rio Camaquã. Um rio límpido, raso (cerca de 70 cm), de água morna e que deságua na Lagoa dos Patos. À noite, para fechar com chave de ouro, fomos brindados pela proprietária do hotel, a Sra. Carlota, que nos serviu um jantar maravilhoso, com um peixe desconhecido e por nós chamado de ANJO. Podia ser diferente? Agradecemos então muito ao nosso bondoso Pai e pedimos a sua proteção para os próximos dias.

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abs,


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