17º dia – De Carcassonne a Nimes

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Começamos o dia com um café da manhã caprichado — talvez o melhor da viagem até agora. Depois, partimos para conhecer a famosa Cidadela de Carcassonne, uma joia medieval no sul da França que parece ter saído de um conto de fadas.

A Cidadela é simplesmente impressionante. Sua história é antiga pra valer: data do século VI a.C., quando era um importante entreposto comercial. Ao longo dos séculos, foi dominada por romanos, visigodos, sarracenos e cátaros, até ser incorporada à França em 1247. Durante a Idade Média, ganhou uma das mais incríveis fortificações da Europa, com duas linhas concêntricas de muralhas, 59 torres e um castelo de respeito. As ruas estreitas e irregulares contrastam com a imponência das muralhas — uma aula viva de arquitetura militar medieval.

Demos uma boa volta por dentro da Cidadela, mas o lugar é tão grande que um dia inteiro talvez não fosse suficiente para explorar tudo com calma. Assim, por volta do meio-dia, voltamos para a estrada.

Seguimos em meio a extensos vinhedos — essa região do Languedoc é uma das maiores produtoras de vinho da França, embora os rótulos locais não tenham o mesmo prestígio internacional de Bordeaux ou Borgonha. Ainda assim, para quem curte vinho, o passeio é um prato cheio (ou uma taça, no caso!).

Chegamos a Béziers por volta das 13h30, já com o tanque na reserva. Não abastecemos na estrada porque, como aprendemos, a gasolina costuma ser bem mais cara nos postos rodoviários. Mas o plano de economizar não deu muito certo: o primeiro posto dentro da cidade tinha o preço ainda mais salgado. Tentamos um segundo, que nos levou até uma praça sem posto nenhum. Só conseguimos abastecer no terceiro. A saga do combustível foi real.

Aproveitamos para almoçar perto da praça central de Béziers. Uma coisa que a gente tem percebido é que, na França, é difícil encontrar comida ruim. Sempre comemos bem — e dessa vez não foi diferente.

Depois seguimos até Sète, uma charmosa cidade portuária às margens do Mediterrâneo. Além da beleza natural e dos canais que cortam a cidade (por isso ela é chamada por alguns de “Veneza do Languedoc”), Sète tem um significado especial para o Vanildo. Foi lá que ele chegou à Europa pela primeira vez, há 15 anos, pegando carona num navio cargueiro. História de marinheiro mesmo!

Já no fim do dia, chegamos a Nîmes, uma cidade com forte herança romana. A principal atração é a Arena de Nîmes, um anfiteatro construído no século I d.C., que lembra bastante o Coliseu de Roma — mas está em estado de conservação muito melhor. Infelizmente, quando passamos por lá, já estava fechada para visitação. Ficou para a próxima.

Depois de tanta estrada e monumento, fechamos o dia com uma pizza e uma cerveja gelada. Nada mal.

No vídeo abaixo, você confere as imagens dos lugares incríveis que visitamos neste dia.

Números do dia:

  • Distância percorrida no dia – 248 km
  • Distância percorrida até o dia – 4.453 km

Despesas do dia:

  • Café da manhã em Carcassonne – 5,50
  • Almoço em Bèzier – 16,00
  • Gasolina Bèzier – 20,61 Euros, 15,61 l, 1,32 / l, 304 km, 19,5 km/l
  • Sorvete em Sete – 2,60
  • Chopp em Nimes – 3,00
  • Jantar em Nimes – 17,50
  • Hospedagem em Nimes – 29,75

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