Acordamos por volta de seis horas e o tempo estava totalmente limpo. Um grande sorriso estampou nossos rostos. Arrumamos nossas coisas nas motos, fechamos a casa e jogamos a chave por cima do muro, conforme tínhamos combinado com o dono da casa.
Como estávamos muito próximos das praias do rio Uruguai resolvemos dar uma passadinha lá para ver. Era muito próximo mesmo. Em dois quarteirões já chegamos a uma ponte que dava acesso à ilha que tinha as praias. Ruas limpas, bem sinalizadas e com amplo estacionamento. O local estava quase desértico, devido a ser domingo e ao horário. Estacionamos e demos uma volta rápida pela praia, que acessamos por uma escadaria. Praia de areia limpa com alguns quiosques de palha, onde tiramos algumas fotos.
Voltamos para as motos e fomos procurar algum lugar para tomar café e seguir viagem. Não achamos muito fácil, estavam quase todos fechados devido aos mesmos motivos da praia. Mesmo assim, achamos um bom local na praça central que nos serviu um lanche razoável e pegamos a estrada novamente.
A estrada continuava muito plana e bem conservada. Entretanto o trânsito começou a aumentar, provavelmente pela proximidade com Buenos Aires. Motos, que a gente raramente via na estrada, começaram a passar por nós. E foram só aumentando. Chegamos na enorme ponte rodoferroviária sobre o rio Paraná Guazú, que divide as províncias de Entre Rios e Buenos Aires, e um pouco a frente, outra sobre o rio Paraná, na cidade de Zárate, que na verdade são grandes braços do rio Paraná, que se dividem antes de desaguarem no Rio da Prata.
Das pontes vimos grandes navios cargueiros ancorados. Paramos em um posto à beira da estrada em Zárate, para descansar e abastecer. Nessa hora já tínhamos passado por centenas de motos e o posto, que era bem grande, estava lotado de motociclistas. Devia ter algum encontro de motos na região, pois em quase todas as estradas que passamos até fazer o anel viário de Buenos Aires cruzamos com muitos deles. Quase todos em motos grandes e preparados para longas distâncias.
Almoçamos no Posto Shell, restaurante Parador 36 em Cañuelas, bem próximo a Buenos Aires, onde entramos na famosa “Ruta 3”. Continuamos sentido sul, passando por Las Flores, Cachari, Azul e Chillar, até chegarmos a Tres Arroyos, cumprindo o trajeto 758 km no dia. Esta cidade nos chamou a atenção pela sua planura e pelo seu traçado com quase todas as suas ruas totalmente paralelas.
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