O altímetro marca 2.057msnm ao iniciar a jornada do dia, às 9h, com a saída de La Rioja, capital da província de mesmo nome. O sentido será Oeste, via Patquia, pela RN 38. O destino agora é o parque nacional Talampaya, cujo contorno conduziria a Aimogasta, via Sanagasta.
Representou um dia de viagem para percorrer cerca de 520 quilômetros. A estrada inicial é bastante cênica e com curvas em abundância. 300 quilômetros à frente faria a junção com a RN40, a estrada-mãe da Argentina.
Com isso, ingressa-se verdadeiramente na zona do Altiplano do noroeste argentino, que começa a simbolizar a Pachamama dos incas: a mãe terra. O inverno parece ter acabado. Clima seco, ensolarado e quente (27ºC). Tornou-se desconfortável pilotar com roupas apropriadas para o frio extremo das montanhas.
A motocicleta surpreendeu: de 12.5km/l, a 140 km/h iniciais, agora rendia 21.5 km/l, a 120km/h. Haviam sido percorridos 2.756 km, desde Buenos Aires.
O pernoite foi em Aimaicha del Valle, em Tucumán, a sexta província argentina percorrida na viagem. Ainda faltam Salta e Jujuy nesta primeira etapa, antes dos pasos com Bolívia e Chile, tentativamente previstos para os dias 10 e 11 de agosto, respectivamente.
Buenas noches.
Talvez devesse ter seguido carreira aeronáutica e aprendido a voar invertido. Assim, poderia pilotar a moto plantando bananeira. Apesar do assento de gel, importado dos cantos dos infernos do Sacro Império Romano Germânico, por indicação de um certo e renomado Dr. Bumbum, e que custou uma boa grana, o traseiro está em frangalhos. Parece que o gel endureceu e se transformou em mármore Carrara. De lambuja, o assento também proporciona depilação a seco, fazendo ainda o contorno da virilha. A noite será com muita pomada Hipoglós e virado para a lua.
Deixe um comentário