Dia 5 – Aimaicha del Valle – Salta

Cedo, a saída de Aimacha del Valle foi para visitar as ruínas de Quilmes, o que implicou rodar 10 km em ripio. Mas valeu a pena. Na estrada fazia frio; no sítio arqueológico, calor. O vento Zonda do deserto do Atacama é quente e forte o suficiente para reduzir a temperatura de regiões do noroeste argentino.

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Aimacha del Valle

Hoje, os valles Calchequies, exatamente no roteiro, foram afetados. Se favorece a redução da temperatura, provoca areia em suspensão no ar, o que compromete visualizar a paisagem e fotografá-la adequadamente. Muito colírio nos olhos e cachecol leve para evitar areia no pescoço.

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Museo Pachamama – Aimacha del Valle

As ruínas de Quilmes estão bem preservadas e o museu possui recursos tecnológicos interessantes e peças arqueológicas. Os Quilmes foram os últimos povos autóctones a serem vencidos pelos espanhóis, no século XVII.

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Eram cerca de 15 mil pessoas nesse local. Após a guerra, 2 mil sobreviventes foram obrigados a se deslocar a pé para a região da cidade de Buenos Aires, para serem escravizados. 800 sobreviveram e se instalaram em comunidade denominada Quilmes, atualmente na região metropolitana de Buenos Aires, onde também está instalada a fábrica da conhecida (e brasileira) cerveja Quilmes.

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O almoço, sem vinho Torrontes, por estar dirigindo veículo, foi em Cafayate, na Ruta del Vino. É a equivalente nortista de Mendoza em termos de produção de vinhos. O prato típico escolhido foi o locro, empanadas e tamale, regionais. A moto foi atração especial para grupo de aposentados argentinos que estava no mesmo restaurante, onde também foram adquiridas folhas de coca, para diminuir o mal da altitude.

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Ruinas de Quilmes

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Cafayate

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Bodega de producao de vinho

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Cafayate

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Quebrada de las Conchas

Logo, a rota para Salta cruzaria entre cardones e construções de adobe, a Quebrada de las Conchas e suas impressionantes formações em arenito.

O frio aumentava, as curvas eram muitas, a subida era mais sentida, a luz do dia já chegava ao fim e o ar já estava mais rarefeito. Os 180 km pareciam intermináveis. Aí surge a vontade de acelerar, mas seria um erro.

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Quebrada de las Conchas

Entre os destaques naturais da Quebrada de las Conchas, as formações do Anfiteatro, Ventanas, Obelisco e Garganta del Diablo. Cuidado, no Anfiteatro há uma pedra no estacionamento que tem o mau hábito de derrubar motos e seus condutores, com dezenas de testemunhas em volta, todos com câmaras fotográficas prontas para disparar. Um mico.

O visual e a acústica são impressionantes. Concertos sinfônicos são realizados no local. Cada curva da Quebrada de las Conchas merece ser fotografada.

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Anfiteatro – Quebrada de las Conchas

O pernoite desse dia foi em hotel no centro da cidade de Salta, na província de mesmo nome, ao lado da catedral, onde grupo de pressão pró-aborto se manifestava. Nessa noite, o senado argentino votava esse tema, que foi rejeitado.

Vale a pena conhecer o Museo de Arqueología de Alta Montaña, onde estão as múmias das três crianças encontradas no cume do vulcão Llullaillaco. Há um teleférico também.

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Dique de la Cienaga

Entretanto, seus maiores atrativos estão fora da cidade, como o Tren a las Nubes, o Viaducto La Polvorilla, San Antonio de los Cobres, dique La Cienaga etc., para citar alguns.

Um excelente bife de chorizo e vinho Malbec forraram o estômago e o prepararam para a noite.

Buenas noches.


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