Viagem de moto por Portugal e Espanha

Do sonho à realidade

Viagem de moto por Portugal e Espanha

Era nossa intenção passear de moto através da rota romântica francesa, em meados de 2012. Um amigo, o Genaro, nos convenceu a mudar de ideia. Portugal e Espanha passaram a ser o nosso foco de atenção, pois não teríamos maiores dificuldades com as línguas faladas nesses países,

poderíamos conhecer “in loco” a história e cultura de nossos antepassados e apreciar paisagens e locais magníficos. Nossas origens galega e lusitana acabaram falando mais alto. Além disso, os avós paternos se prontificaram a ficar de imediato com nossos filhos, a fim de permitir nossa ida à Europa já em 2011. Para tanto deveria deixá-los no Brasil, por um período que não excedesse quinze dias, já que esse era o tempo de férias que eu e minha esposa dispúnhamos. Tínhamos a oportunidade de uma segunda lua de mel por “mares nunca dantes navegados”, ou melhor, por estradas e lugares apenas sonhados. Pela primeira vez ficaríamos longe dos filhos por um período superior a um final de semana.

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Primeiras providências

Nossa primeira tarefa foi a de traçar um bom roteiro e procurar uma empresa especializada que pudesse nos alugar uma Harley-Davidson, já que somos proprietários de uma Heritage Classic, que sempre nos proporcionou muito conforto e certa segurança. Ao navegar pela Internet, encontramos uma proposta interessante de roteiro, que incluía o aluguel da moto, oferecida pela Motoxplorers Adventure Travels Moto Rent, empresa sediada em Lisboa. Após estudar detalhadamente a “Rota dos Mouros”, que muito nos agradou, entramos em contato com um dos sócios-proprietários da Motoxplorers, o Carlos Azevedo, que nos fez uma série de sugestões interessantes para permitir um passeio por terras lusitanas e espanholas, com maior segurança e isenta de preocupações. Como não havia a disponibilidade de uma Harley, optamos por alugar uma BMW F 650 GS (motor com dois cilindros e 800 cc), com malas laterais, top case e GPS. O pacote incluía ainda os seguintes itens: dois capacetes modulares, seguro da moto, assistência em viagem 24 horas, hotéis de categoria superior com café da manhã incluído, roteiro com mapas e detalhes da viagem. As refeições, combustível e pedágios ficariam a parte. Concluído o “negócio”, iniciamos a organização de nossa viagem (aquisição das passagens aéreas, seguro de viagem, passaportes, permissão internacional para dirigir, euros, etc.).

A Rota dos Mouros propunha um percurso total de 2.120 quilômetros, com pernoites em Lisboa, Évora, Sevilha, Ronda, Granada, Toledo, Madrid e Cáceres. A viagem incluía sete locais classificados como patrimônio da Humanidade pela UNESCO, além de cinco parques naturais. No total seriam onze dias de viagem, através de autoestradas e estradas regionais de Portugal e Espanha.

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O que levamos

De acordo com o nosso slogan de viagem, intitulado “leves e felizes”, organizamos o mínimo necessário em duas mochilas: documentos de identidade, carteira de habilitação, permissão internacional para dirigir, passaportes, passagens aéreas, seguro de viagem, vouchers das reservas de hotéis e da moto; diário de viagem e caneta; cartões internacionais de crédito e dinheiro vivo; óculos de sol; desodorante, loção hidratante, cotonetes, fio dental, protetor solar, perfume, escova de cabelo, escovas e pasta de dentes, sabonete, xampu, condicionador, absorvente, batom, maquiagem, repelente de insetos; medicamentos e materiais de primeiros-socorros; celular e respectivo adaptador; câmera fotográfica, cartão de memória, baterias e carregador; cuecas, camisetas, meias, bermudas, calças leves, tênis, sunga, luvas de moto, calcinhas, sutiãs, vestido, maiô; cintos para carregar dinheiro e documentos. Cabe ressaltar que o vestuário era composto basicamente por tecidos dry, para secagem rápida, pois pretendíamos lavá-los nos hotéis. Tomamos, ainda, outros cuidados. Escaneamos os documentos, vouchers e cartões de crédito e os armazenamos em arquivos, que foram enviados para nossos endereços eletrônicos junto com outro arquivo, que continha os endereços de embaixadas e consulados, números diversos de telefones (operadoras dos cartões de crédito, bombeiros, polícia, emergência, etc.). Cada um de nós ficou com um molho de chaves. As mochilas tinham as medidas das malas laterais da moto alugada. Para não ocupar espaço nas mochilas e uma vez que estava frio no Brasil, viajamos para a Europa vestidos de motociclistas (jaquetas, camisetas e meias dry-fit, calças jeans e botas). Os líquidos, loções e cremes foram acondicionados em pequenos frascos.

Relato de Viagem de Moto


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