1º dia – de Santarém até Civitavecchia

Da viagem aos Balcãs, contaremos apenas algumas das experiências mais importantes e marcantes, que podem contribuir ou incentivar outros que lá pretendam ir (se pretenderem colocar questões estão à vontade, estamos cá para ajudar!)

O conselho que damos é: não percam tempo, vão!

Quando pensámos nos Balcãs fizemo-lo com vontade de fugir ao fenômeno da globalização, descobrir como é conviver com outras culturas, outras moedas, outras religiões, outras formas de estar.

Viagem de moto pela Europa - no ferry

Alguns de nós ainda se lembra das guerras que assolaram aqueles países, queríamos ver como é ir aos locais, respeitando culturas e mantendo sempre a humildade de quem vai e pouco ou nada sabe.

Fomos ganhando alguma experiência de moto e sentíamo-nos capazes de enfrentar algo um pouco diferente.

Depois de marcadas as estadias e os ferries, (com antecedência), marcamos o itinerário, que tinha por base conhecer a cultura e a história mais profunda. Fizemos pesquisas exaustivas e escolhemos visitar as zonas de guerra, passar pelo interior de alguns países e sentir a Natureza no seu estado puro.

Viagem de moto pela Europa - desembarque

A primeira etapa foi, como alguns motociclistas que encontramos pelo caminho apelidaram, uma perfeita loucura: 1200 km seguidinhos de Santarém até Barcelona, com paragem apenas para abastecer. Tínhamos de chegar ao Porto de Barcelona antes das 20h, porque o ferry para Civitavecchia saía às 22h, ainda tínhamos de fazer o check-in, colocar as motos no porão e tirar toda a bagagem de que íamos precisar no barco. Depois de sair do porão, não é possível voltar.

De fato, foi, levámos logo uma valente tareia no primeiro dia.

Assim que chegamos, abrimos uma garrafa de vinho que partilhamos com um casal de motociclistas Italianos e outros, que estavam à espera de entrar no ferry, que ficaram, naturalmente, bem dispostos!!! “Estes portugas são doidos!”

Como bom Português, levamos comida para dois dias, queríamos poupar, sobretudo porque pensávamos que no barco a comida era cara, afinal, nem por isso.

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Claro está, montamos o estaminé e lá preparamos o nosso piquenique no convés, com tudo, desde o presunto e queijo, mas também, os panados, os pastéis de bacalhau e, naturalmente, vinho com fartura, afinal a malta não ia andar de moto nas próximas horas. Ainda estou para perceber como o Mike meteu um pack de 5 litros de vinho na mala da moto…

Foram 20 horas muito bem passadas!!! O ferry é muito tranquilo, tem tudo, desde bares, restaurantes, sala de jogos, cassino, ginásio… mas passamos o tempo a apreciar o mediterrâneo do convés que é absolutamente maravilhoso.

Viagem de moto pela Europa - desembarque

Os camarotes são confortáveis, têm quatro camas individuais e banheiro privativo. Foi uma das noites mais tranquilas de toda a viagem, sem hora marcada para levantar e, apesar do espaço exíguo, é muito confortável.

Acordamos pela manhã com o Sol batendo na janela, com a vista do azul do mar que nos enchia a alma. Não é um quarto com vista para o mar, é um quarto dentro do mar.

Viagem de moto pela Europa - bagagem

Nem demos pelo passar do tempo, o ferry ainda passou pela Sardenha para deixar passageiros e as suas autocaravanas e seguiu até Civitavecchia.

As entradas e saídas do ferry fazem-se por umas plataformas basculantes, é muito fácil entrar e sair de moto ou de carro.

A todos os que queiram dar um salto a Itália de carro, mota ou autocaravana, o ferry é uma ótima opção, é uma viagem muito tranquila, segura e relativamente barata.

É impressionante a quantidade de caminhões, autocaravanas, automóveis e motos que entram no barco.

Viagem de moto pela Europa - no ferry


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