17º dia: de Rosário a Uruguaiana

De volta às terras brasileiras!! Ainda pairavam algumas dúvidas sobre o trajeto de retorno da nossa viagem de moto até o Deserto do Atacama. Voltar por Foz do Iguaçu significaria ver mais do mesmo.
Além do mais, o Max iria parar em Florianópolis, eu tocaria para Sao Paulo e o Alberto seguiria até Pouso Alegre. Acabamos decidindo ir para Uruguaiana e de lá discutiríamos o trajeto seguinte.

Saímos de Rosário às 7h30 e programei o GPS para Uruguaiana sem criticar muito o trajeto “idealizado por ele”. O trajeto parecia fazer sentido.

Na saída de Rosário, passamos por uma belíssima ponte sobre o rio Paraná. Estava com muita neblina mas filmei a travessia. Para nosso espanto, os 50 km seguintes se deu em um ambiente idêntico ao do nosso pantanal. A unica diferença eram as baixas temperaturas. Grandes planícies alagadas nas duas laterais da estrada. Muitas aves pra todo canto. Nós até tínhamos que nos desviar delas.

Neste dia, o que marcou foi a ação da policia caminera. Fomos parados 4 vezes em menos de 400 km. Pela primeira vez usei a carta verde. Pediram-na pra mim em duas oportunidades. Neste dia o Alberto voltou a fazer a diferença no desembaraço da situação. Em duas ocasiões, pareceu-nos que a coisa poderia desencadear para uma “contribuicion”, mas o Alberto se identificava como policial e a partir dai éramos liberados imediatamente. O local onde foi mais visível que a coisa era propina mesmo foi em uma blitz de meio de estrada na RN14 pela policia caminera de Entre Rios. Chegaram rindo, falando que as motos eram belas e equipadas e ai a coisa ia.

Um fato engraçado foi que acabamos entrando no Uruguai sem querer. O GPS havia traçado a rota passando por Payssandu (URU) e eu nem me toquei onde isso ficava. De repente nós vimos cruzando outra bela ponte sobre o rio Uruguai e um “Bienvenido a Uruguay”. Filmamos, demos um firula (retorno logo após a ponte) e voltamos a Argentina. Um policial do Uruguai até nos chamou a atenção, mas conversamos e ele nos liberou de passar nas cabinas da Aduana. Feliz erro. Conhecemos o Uruguai (hehe). Desta forma, passamos por 4 países: Paraguai, Argentina, Chile e Uruguai.

Voltamos para a RN 14 e seguimos em direção a Paso de Los Libres que faz fronteira com a cidade de Uruguaiana. Antes de passar, enchemos os tanques das motos na fronteira. A gasolina é mais barata na argentina e dizem ser de melhor qualidade. Apesar de particularmente eu não ter notado diferença alguma no desempenho e economia da moto. Torramos os nossos pesos remanescentes na loja de conveniência deste mesmo posto. Saímos com sorvetes e barras de cereais para todo o restante da viagem.

Levamos uma pequena geral da Policia Federal brasileira na entrada, logo em seguida buscamos um hotel, encerrando o dia na estrada depois de percorrer 640 km e em seguida fomos jantar.


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