7° Dia – San Salvador de Jujuy – San Antônio de Los Cobres
Os dias seguintes foram dedicados à travessia dos Andes. No primeiro fomos de Jujuy a Salta e depois utilizamos a Ruta 51 para ir de Salta a San Antônio de Los Cobres. Ali a viagem parecia que estava recém começando.
À medida que se começa a subir a cordilheira, toda a paisagem muda: a vegetação diminui muito, as rochas são coloridas com tons de vermelho, verde e cinza e vão aparecendo as primeiras casas feitas de adobe, os primeiros “rebanhos” de lhamas e fornos de barro. De vez em quando se veem “apachetas” (montinhos de pedras) de oferenda à Pachamama e igrejinhas católicas.
Paramos para tirar fotos ao lado dos cactos gigantes que são típicos daquela região.
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Chegamos a 4080 metros de altitude pela Ruta 51, que alternava asfalto bom e rípio. Paramos para almoçar num local chamado “El Alfarcito”, onde tem um restaurante que vende empanadas deliciosas. Ao lado do restaurante, uma capela e um pequeno museu que mostra os costumes das gentes que vivem naquela região dos Andes.
Chegamos ao nosso destino à noite. San Antônio de Los Cobres é quase uma cidade fantasma a aproximadamente 4000 metros de altitude, cuja população vive do minério de cobre e da produção de tecidos artesanais de lã de lhama.
Ficamos em um hostel onde não havia toalha, roupa de cama, papel higiênico, sabonete, nem nada.
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Conseguimos abastecer, tomei uma sopa de quinoa com carne de lhama e vinho. Ali começamos a sentir os efeitos da altitude. Alguns tiveram de ir ao posto de saúde local, onde foram tratados com oxigênio. As pessoas que trabalhavam no posto foram muito gentis, sem fazer qualquer distinção pelo fato de que não sermos compatriotas.
Desde Jujuy eu já trazia comigo um saco de folhas de coca, que ajudaram bastante com os efeitos da altitude, todavia, o médico do posto disse para não mascar coca nem beber álcool. Desobedecemos.
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