14º dia – São Luis/MA

Minha intenção era seguir com a moto até Barreirinhas, para conhecer o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, mas fui informado que as principais atrações do parque, as lagoas, estão secas. Há alguns anos o “inverno” na região, que é como o povo nordestino chama o período de chuvas, tem sido de pouca chuva, transformando os Lençóis em um deserto de dunas de areia, um ambiente desolador, quente ao extremo e difícil de andar. Então, resolvi ficar mais um dia em São Luis, para conhecer melhor a cidade.

Como comentei ontem, os prédios da cidade histórica de São Luis estão muito degradados e não estão recebendo os cuidados necessários para mostrar aos visitantes a real beleza que a cidade tem. Muitos camelôs, bancas de jornais, outdoors, carros estacionados em todo lugar, sujeira… Tinha um outdoor com propaganda de uma clínica na fachada de uma igreja…

Fui caminhar pelas ruas da cidade histórica, passei na Secretaria de Turismo do Estado para pedir um mapa turístico e eles não tinham. O rapaz que me atendeu disse que há mais de 30 dias havia acabado.

Segui caminhando pelas ruas. Fui no Museu Histórico e Artístico do Maranhão e ele estava fechado para reforma. Depois fui ao Teatro Arthur Azevedo e ele também estava fechado. Durante as férias. Uma prova do quanto os órgãos públicos de turismo da cidade e do estado são mal geridos por aqui.

O Palácio dos Leões só abria para visitação à tarde. E é uma visita fraquíssima, mostram somente três salões, muito bonitos é claro, ricamente decorados com peças francesas, inglesas e portuguesas, mas só. Não dura cinco minutos a visita.

Gostei da Igreja da Sé, com seu altar de ouro e muita história. Um estudante de história me guiou na visita, pedindo no final uma contribuição para o lanche.

Depois fui para a parte nova da cidade, onde ficam as praias e os edifícios modernos. Esta região é muito bonita e limpa, ao contrário do centro histórico, mas as praias são impróprias para o banho.

Por sugestão do rapaz que me atendeu na Secretaria de Turismo, fui até uma cidade próxima chamada Raposa, que ele disse ser bem diferente. Ela foi construída sobre um mangue e as casas erguidas sobre palafitas. Achei bem feio o lugar. Fui estacionar a moto em frente a uns barcos para tirar uma foto e um bêbado entrou na frente da câmera e não queria sair. Dali a pouco um cara veio pedir dinheiro…

Aproveitando a noite, tirei uma foto em frente ao Palácio dos Leões e outra em frente à Igreja da Sé.

No final, fiquei bastante decepcionado com São Luis, não por sua arquitetura e história, mas pelo descaso e despreparo de seus governantes na gestão da cidade para receber os turistas, além da insegurança e da quantidade de moradores de rua e mendigos.

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