11º dia – Delta do Parnaíba

Por sugestão do amigo Sendon, cheguei ontem na cidade de Paranaíba para conhecer o Delta do Parnaíba, o único delta em mar aberto das Américas e um dos três maiores do mundo em extensão. Ele está situado entre os estados do Maranhão e do Piauí e abre-se em cinco braços, envolvendo 73 ilhas fluviais, sendo que 65% se encontra em território maranhense e 35% em território Piauiense.

A pousada que estou hospedado não tinha o passeio para vender. Assim que terminei o café da manhã, arrumei a bagagem, peguei a moto e fui procurar uma agência que tivesse o bilhete para vender. A primeira que encontrei vendia, mas a mulher que me atendeu disse que o transfer até o porto já havia saído e o barco estava programado para sair às 9 horas. Eram 8h45 e o porto ficava a 15 km de distância. Ela disse que ligava para o porto informando que iria mais um passageiro. Paguei R$50 pelo bilhete, pedi para ela me orientar como chegar e fui para lá, chegando ainda com folga de 5 minutos.

O barco tinha capacidade para 60 pessoas e devia estar com metade disto. Saiu às 9h10 em direção à foz. As águas do Rio Parnaíba têm cor barrenta e um grande volume. Várias canoas com pescadores percorriam suas margens, algumas à remo, outras a motor.

Passamos por um trecho com grandes dunas e depois o barco parou em uma grande praia em forma de braço que ficava entre o rio e o mar. Descemos para caminhar, algumas pessoas foram nadar com a orientação dos tripulantes para não distanciarem muito da margem que haviam muitos buracos no fundo do rio.

Depois voltamos para o barco, onde foi servido um almoço, com opção de peixe ou frango. Em seguida fomos para um igarapé, passando por vários locais onde os catadores de caranguejo capturavam os bichinhos. Surgiu até um “homem lama” – um dos tripulantes saiu sem ser percebido, adentrou no mangue, se cobriu de lama e apareceu para os passageiros, mostrando um caranguejo macho e outro fêmea.

Em seguida fomos para as dunas que havíamos visto antes, onde desembarcamos. Algumas pessoas andaram numa bóia puxada por uma lancha. Depois os tripulantes serviram caranguejos para os passageiros, com direito a quebrar a casca com um pedaço de pau.

Quando íamos retornar para o porto e encerrar o passeio, o motor do barco pifou. Tentaram consertar, mas preferiram rebocar o barco com a lancha que puxava a bóia. Isto fez o passeio demorar um tempo maior que o previsto.

Assim que chegamos no porto, peguei minha moto e retornei para a cidade. Eu havia previsto seguir para Piripiri hoje, mas resolvi ficar mais uma noite em Paranaíba. Voltei para a mesma pousada, deixei minhas coisas lá e fui procurar um lava jato para dar uma geral na moto, que estava precisando, não só por causa da poeira, lama, areia e maresia, mas também pela quantidade de insetos que bateram na bolha, faróis e outras peças da parte dianteira da moto. Ontem, principalmente, passei por um trecho na estrada que devia ter um milhão de borboletas amarelas, que explodiram na moto e deixaram a bolha amarelada.

Achei um que fez uma lavagem meia boca por R$7, mas suficiente para tirar a sujeira. Passei num supermercado e comprei um desengripante, que gastei todo nas partes metálicas da moto.

{gallery}0213/Nordeste/11{/gallery}


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *