4º dia – Santo Tomé a Rio do Sul (SC)

O caminho era o mesmo da ida. Eram 07h45 e estava já na aduana. Ali troquei os pesos sobrantes por reais e conferido os papéis do lado argentino, de nosso lado eram 08h45 da manhã e de novo ninguém, nem ao menos para dar uma olhada em quem entra ou sai do Brasil…

No trevo de Ijuí, a PRF estava com radar fiscalizando. Após Panambi, grossas nuvens trouxeram a chuva e o frio. Por 3 horas rodei assim, com uma parada em Passo Fundo (gasolina, café e um pastel). Por sorte, a chuva veio no trecho pedagiado, com bom asfalto. Havia deixado os forros da calça e jaqueta com o casal do ônibus, num segundo encontro em Joaquim Gonzalez…

Após Lages – SC, na descida para o Alto Vale do Itajaí, na BR-470, veio forte neblina, uma garoa leve e depois a escuridão da serra, trazendo condições de muito perigo na pilotagem da moto. O trânsito estava infernal como sempre, era sexta –feira e com muitos caminhões nos dois sentidos. Para quem não conhece, este trecho que vai da BR-116 até a BR-101 em SC, estatisticamente é considerada a segunda mais perigosa e letal rodovia do pais… Não tem nem como parar, pois a primeira cidade, Pouso Redondo, já está só a 30 km de casa…

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Às 21 horas, estava chegando ao portão de casa ! Cansado mas feliz.

Concluída a viagem, ficou uma tremenda lição de pilotagem vivida e de satisfação geral, que vai durar para sempre. Fiz tudo certo, pilotando sem erros, curtindo todos os momentos, na moto ou passeando, por 5.331 km.

A moto e as roupas ficaram lastimáveis pela chuva, insetos, terra, ventos de poeira e do piche dos consertos de asfalto pelo caminho. Sem dúvida, me proporcionei um belo presente de aniversário pelos meus 48 anos (Novembro).

Agradeço ao Senhor pela companhia ao longo do caminho e pelo apoio e compreensão da esposa Angelita. Também pela inspiração de outros motoviajantes que fizeram o trecho. Foi muito bom passar pelos inúmeros locais de relatos de outras viagens, ver seus adesivos colados nos postos e conversar pelo caminho.

No total, considerando hotel, comidas, gasolina, passeios e algumas lembranças e compras de mercado, gastei por volta de R$ 2.300. É uma viagem acessível a todos que desejarem conhecer outros lugares, lindas paisagens, desafiantes estradas de montanha e também conhecer melhor a si mesmo. Andar de moto proporciona tudo isto.

863 Km
Consumo médio do dia 1 lt. a cada 18,50 km

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