Route 1 – Pacific Costa Highway

San Simeon (CA) – Monterey (CA) – 7 de julho

Este é o trecho mais procurado da Route 1 e já tinha sido alertado pelo Dotô Badá Barreto sobre ele. Como se não fosse suficiente a opinião de um motociclista de bom gosto, o Carlos Schaeffer me enviou o famoso site com as top 15 e a danada estava lá.

Juntando tudo isso à dica de meu sobrinho Rodrigo sobre o Castelo Hearst, não tinha outra alternativa a não ser ver de perto essa famosa Route 1, especialmente no trecho entre San Simeon e Monterey.

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Mais uma das 15 melhores rotas para motocicletas dos Estados Unidos, a Route 1 – Pacific Costa Highway. São cerca de 100 milhas (160 Km) de uma estrada que, na sua disposição, lembra muito a Avenida Niemeyer: rochas de um lado, oceano do outro, muitas curvas, aclives, declives e com bastante trânsito.

Viagem de moto pelos Estados Unidos

Sai cedo de San Simeon com um frio tremendo. Fui obrigado a usar a “segunda pele”, cachecol, jaqueta, luvas de inverno e, pasmem, uma balaclava que estava no fundo da bolsa. Às vezes amigos me perguntam a quilometragem que faço por dia e sempre digo que depende de como eu esteja me sentindo. Tento explicar que motocicleta é completamente diferente de um automóvel. A pilotagem de uma moto exige que você trabalhe com o corpo o tempo inteiro. Você fica completamente exposto à ação do vento, frio, calor, sol, chuva, óleo diesel, insetos, pólen (sim, sou alérgico) além de estar se equilibrando sobre um dos vértices de um triangulo invertido. Após 3 ou 4 horas os efeitos começam a se manifestar, e se você faz isso uma vez ou outra a recuperação é rápida, mas diariamente a conversa é outra. Tem dias em que rodo 100, 150 milhas, fico com uma vontade louca de parar. Outros dias vou até as 300, 350 milhas na boa. Tudo isso para dizer que o frio estava tão brabo que me obrigou a usar a tal de balaclava já que meu capacete é aberto na frente e estava insuportável tomar aquele vento gelado na cara.

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Mas não adiantava chorar, quem está na chuva é para se queimar, assim é que partimos em direção ao norte na tal de Route 1. Apesar da cerração, que nos acompanhou até Big Sur, eu parava a todo momento para fazer fotos aproveitando locais para estacionar a Helô. O Pacífico em sí não me encheu os olhos, mas dêem o desconto, meu parâmetro é covardia: Cabo Frio – Praia do Forte. Por outro lado, o conjunto da obra é lindo com a estrada se equilibrando entre o mar e uma beirada roubada às rochas.

Viagem de moto pelos Estados Unidos

Às vezes em vez de rochas, colinas com uma vegetação rasteira de flores amarelas e, uma vez ou outra, um rasgo na cerração permitia que o astro-rei viesse bisbilhotar o que tio Hélio e a Helô estavam fazendo ali. Muito bom mesmo.

Nas paradas que fazia para as fotos as pessoas viam a bandeira do Brasil na minha bagagem, vinham conversar e alguns para tirar fotos daquele velho metido a motoqueiro.

Viagem de moto pelos Estados Unidos

Outros perguntavam-me sobre a Copa do Mundo. Um boliviano, fã do Neymar ficou desolado quando eu disse que ele estava fora da Copa, pensei que fosse chorar. Nos despedimos e ele voltou pedindo para tirar uma foto comigo ao lado da bandeira do Brasil. Claro que concordei e pedi que a esposa dele fizesse uma foto nossa com minha câmera.

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