10º dia – Assis Brasil – Ocongate

10º dia – 6/maio/2013 – Assis Brasil/AC – Ocongate/Peru

Mapa 10 dia

Saímos de Assis Brasil cedo e com a aduana feita no dia anterior (boa dica que nos deram). Tentamos ainda encher o tanque no lado brasileiro mas não tinha gasolina… Encontramos no lado peruano gasolina de 90 octanas e mais barata. Claro, tudo no Brasil é mais caro e pior qualidade.

Tanque cheio, partimos. Logo, veio frio e chuva. Paramos e com um “P” trabalho colocamos as capas de chuva. Ai, claro, vem a famosa lady (lei de Murphy). A chuva parou em seguida, mas continuamos com capa mesmo assim.

A estrada é um tapete (obra executada por consórcio de empresas de engenharia brasileiras com nosso dinheiro num pais estrangeiro…).

Na hora do almoço vem a fome, mas cadê a coragem de parar naqueles pueblos super pobres e de aspecto de higiene duvidosa? Paramos num vuco vuco qualquer para pelo menos uma água e um biscoito. O peruano é desconfiado a princípio, mas depois descontrai. Tiramos foto com 3 “gatinhas” locais (abaixo)…

As três gatinhas peruanas

Logo depois, meu Cardo ficou sem bateria (como nossas novas tomadas inventadas por algum f.da.p. do governo não são compatíveis com nenhuma outra no mundo – são chamadas de “jaboticabas”, só existem no Brasil -, não consegui carregar o Cardo totalmente).

Ponte Inambari 1Ponte Inambari 2Ponte Inambari 3

Tocamos em frente com a intenção de vencer os quase 700km até Cuzco. Começamos a subir lentamente, foi esfriando, esfriando, e eu de luva de tecido e ainda molhada. Lá pelas tantas achei melhor parar e trocar as luvas. Ruy parou também e quando desci da moto…. o que é isso?! Estava como bêbado, tonto e arfando, sem ar, como se tivesse feito um spinning de 2 horas! Estávamos a quase 4.000 metros de altitude!… Estava quase desmaiando e tinha que gritar e me agitar na moto para não cair (depois soubemos que o Bira, um motociclista que iríamos conhecer no dia seguinte chegou a tombar por este motivo).

Subindo a Cordilheira dos Andes 1Subindo a Cordilheira dos Andes 2

Começou anoitecer e como tínhamos um trato de não pilotar à noite, desistimos de chegar a Cuzco e começamos a procurar hotel. Era cada espelunca que dava dó. Ruy perguntou a um transeunte que indicou uma pousada. Grata surpresa! Uma pousada bacana, charmosa e com lareira na sala pra nos receber. Rubén, o dono super boa praça, vendo meu estado, preparou logo um chá de coca. Santo “remédio”… Em seguida fiquei MUITO bem!…

Hotel em Ocongate 1Hotel em Ocongate 2Hotel em Ocongate 3

Uma massa no jantar, vinho tinto para acompanhar, um bom papo com o dono e capotei na cama. Sou muito calorento, mas dormi de segunda pele, meia de lã e debaixo de 5 cobertores. O Ruy falou que nem podia colocar a mão pra fora das cobertas que congelava. Resultado: ele não dormiu.

Redator Fernando


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