7º dia – As belas praias capixabas e Rio das Ostras

Segui o conselho de um amigo capixaba: sai cedinho e peguei a ES-060, conhecida como a Rodovia do Sol, que liga Vitória a Marataízes pela orla. É possível transitar bem pertinho do mar capixaba, uma delícia. Não resistia e acabava parando no alto das muitas pequenas montanhas de onde se vê o mar como se estivesse num camarote. O ponto negativo é que ela é pedagiada e o pedágio está muito caro.

O trecho que faz a ligação entre a ES-060 e a ES-490 está horrível; pouco sinalizado e com diversos trechos de asfalto danificado; precisa de muita atenção do motociclista. Eu mesmo tive que dar algumas voltas adicionais para corrigir alguns erros que cometi por conta da falta de sinalização. Enfim, cheguei à ES-060 e, através dela, ingressei na BR-101, que se chama Rodovia Governador Mário Covas e está em bom estado.

O barulho de borracha atritando voltou para minha preocupação. Meu destino naquele dia seria a cidade de Rio das Ostras no estado do Rio de Janeiro, onde esperava chegar por volta das 16h e ter um pouco de tempo para conhecer a região.

Este trecho da BR-101 é muito bonito. De fato, toda esta costa, de Vitória até o Rio de Janeiro, é formada por grandes pedras (tipo Pão de Açúcar) o que dá um charme impressionante à paisagem.

Era só pilotar, acompanhar a sinuosidade da rodovia, contemplar montanhas, muitas propriedades com criação de gado e plantações. A sensação é estar navegando/pilotando pelo paraíso.

Fiz minhas paradas, cruzei a divisa entre os estados de Espírito Santo e Rio de Janeiro e logo cheguei ao meu destino final daquele dia, a cidade de Rio das Ostras, na região dos Lagos no estado do Rio de Janeiro. Uma cidade que me impressionou pela grande movimentação nas ruas principais. Reservei uma pousada próxima à orla, Pousada Maresias Azul, bem próxima da Praia Costa Azul que tem um lindo calçadão e muitas opções de gastronomia. Me instalei e, para minha surpresa, o rapaz da pousada me pediu para colocar a moto dentro do restaurante, para ela não ficar no estacionamento que fica ao lado. Muito legal da parte da equipe da pousada.

Como o barulho da borracha retornou e me incomodava muito, resolvi ligar para a concessionária da Yamaha de Valinhos, de nome Madia, onde adquiri a Midnight e faço as revisões. Quem me atendeu foi o Alexandre, contei para ele o ocorrido e ele, sem pensar muito, me disse que a correia estava ressecada, muito provavelmente por conta da chuva que peguei no primeiro dia, ele me aconselhou a passar um hidratante neutro desses que passamos na pele. Fiz isto e depois fui para o banho.

Mais tarde procurei um bom restaurante e encontrei no MOON um ambiente muito tranquilo e acolhedor. Conheci o Sr. Getúlio, o garçom que me atendeu. Um senhor com mais de 70 anos e que está na ativa, muito disposto, expansivo e conversador. Conheci muito do local pelas lentes do Sr. Getúlio, que já foi garçom em Juiz de Fora, em Milão na Itália e no Rio.

Voltei para a Pousada e fiquei na sacada sentindo a brisa do mar de onde comemorei a vitória do Palmeiras sobre o Fluminense naquela noite por 2×0.

Pontos Tops do dia:

  • Imensidão de Praias entre Vitória e Marataízes, uma mais linda que a outra;
  • Trecho na rodovia com muitas montanhas de pedras;
  • Cidade Rio das Ostras, lugar muito tranquilo, com boa infraestrutura e praias limpas;
  • Sacada da pousada de onde fiquei vendo um céu limpo e estrelado;
  • Atendimento do pessoal da Madia Motos Yamaha de Valinhos; – Gentileza do pessoal da pousada que pediu para eu colocar a moto no Restaurante para que ela não ficasse no terreno ao lado onde está o estacionamento.

Pontos negativos do dia:

  • Falta de sinalização entre o final da Rodovia do Sol para acesso a BR-101.

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