7º dia – Valdosta – Knoxville

O dia foi bastante intenso e proveitoso. Resolvemos retornar pelo interior dos Estados Unidos ao invés da costa leste, onde passamos na ida. E para aproveitar a viagem ao máximo, mesmo que fazendo um percurso maior, resolvemos percorrer a famosa Tail of the Dragon.

O “Tail of the Dragon” é um trecho de 11 milhas (17 km) da US-129 que liga a Carolina do Norte ao Tenessee. O nome foi adotado devido à quantidade (318) e ao formato das curvas, semelhantes ao serrilhado do rabo de um dragão.

Pelo grau de dificuldade das curvas, atrai motociclistas e turistas de todas as partes do mundo.

A estrada é de uma única e estreita pista de mão dupla, sem acostamento. As curvas variam, mas em sua grande maioria são de raio fechado, algumas em cotovelo, tanto em aclive como em declive. Na maioria dos trechos existem barrancos de um lado e grotões do outro, sem nenhum guard-rail ou mureta de proteção. Árvores de ambos os lados, em determinadas épocas do ano, coalham o chão de folhas que podem prejudicar a aderência dos pneus, especialmente de motos. Tudo isso com o transito aberto a automóveis, motor-homes, caminhões e carretas. O fato é que muitos loucos vão para lá com suas motos e carros esportivos (Corvette, Jaguar, Ferrari, Porsche, etc.), com o único objetivo de fazer o trecho no menor tempo possível (existe até um ranking clandestino, segundo soube). Muitos já perderam a vida ali, existe a relação no site oficial www.tailofthedragon.com (texto de Hélio Rodrigues Silva).

Pegamos uma estrada excelente e linda, com muitas curvas, e apesar de não ter nenhuma referência ao Tail of the Dragon, achamos que estávamos percorrendo a famosa estrada. Paramos em um lugar e o Hugo comentou empolgado como era demais o trecho que percorremos. Mas comentei com ele que não devia ser a famosa estrada, porque conseguimos percorrê-la na maior parte em sexta marcha e acima de 50 milhas/hora e a estrada da calda do dragão, pelo que eu havia pesquisado, tinha trechos travados, curvas em cotovelo. Andamos mais um pouco e chegamos ao Deal’s Gap, que é o ponto de encontro de quem vai percorrer a estrada famosa. No local tem um posto de gasolina, hotel, loja de souvenir e muitas motas estacionadas. Nos informaram, então, que a estrada começava exatamente naquele ponto.

Compramos algumas lembranças e iniciamos o percurso. Fiz um vídeo do percurso. É longo, mas vale a pena conhecer a infinidade de curvas e o visual do lugar. Se tiver internet de alta velocidade, coloque em 1080 px e tela cheia.

Não nos decepcionamos com o passeio. Diversas curvas fiz com a moto raspando no asfalto. No final, ficamos excitados com tudo aquilo e com vontade de percorrer mais uma vez, mas era tarde e devíamos seguir em frente.

Quando estava próximo das 7h30, começou a anoitecer e resolvemos procurar um hotel. Estávamos próximos da cidade de Knoxville no Tennessee. Paramos em alguns hotéis, todos lotados. Achamos um com vaga, mas em quarto para fumante, Seguimos em frente à procura de hotel e como não achamos, retornamos ao fedorento e ficamos nele mesmo.

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