Fazia tempo que não pegava estrada…
Sim, rides urbanos, encontros, passeios, viagens… Mas pegar estrada, não…
Como disse da última vez e desde que me apresentei aqui, já fui mochileira, vivi na estrada e estava morrendo em vida desde que me acomodei na cidade.
Então, quando minha véinha partiu, eu tive que me sintonizar com os sinais perdidos e dar o primeiro passo para o caminho se abrir sobre meus pés, ou melhor, sobre as 2 rodas.
Decidi, sem pensar, fazer meu mochilão anual pelo Sul do nosso país, já que faziam 2 anos que a Terra parou, como previu Raul (Seixas).
Ainda me reconectando, esperando a antena captar um sinal, de repente, ops, peguei a frequência!
Um colega de um grupo de moto lançou: “Estou indo, 15 dias de férias para o Sul, a Bento Gonçalves.” Pronto, bastou!
Já perguntei que dia e básicos detalhes e na noite seguinte sonhei: Do UAI ao CHUÍ – parecia um letreiro piscando e assim em 3 dias eu confirmei minha companhia à viagem dele inicialmente, já que seguiria até o Chuí.
Ele se empolgou e disse que então ele que iria me acompanhar, kkkkkkk.
Ok, organizou o roteiro, porque eu não tenho rota, eu só vou, e eu teria 2 meses para me virar.
Pandemia, sem dinheiro como a maioria das pessoas que eu ouvia falar, como viajar? Oras, ao modo mochileira como já vivi, claro!
Reconectada aos sinais do Universo, crendo que o que é pra ser será e que pelas leis da física: INÉRCIA e AÇÃO E REAÇÃO – basta decidir e seguir em frente, ação!
(As pessoas não entendem, eu digo que não sou nada mística, mas sim física, não é uma questão de ser louca e deixar a vida me levar, nãããããã. É uma questão lógica das leis básicas do Universo) – Podemos falar muito sobre isso, como eu costumo dizer, num papo filosófico 😉
Pois bem, em 2 meses eu já tinha movido céus e terras e tudo conspirava. Fui!
Perfil social virou uma forma de comunicação incrível. Pessoas, comércios, lugares mil em apoio ao que acabou virando um “projeto”.
Entrevistas, lives, apoios e tudo o que o mundo virtual facilitou na vida real comprovou que sim, o modo que eu vivi há anos atrás, sob a força da natureza, era real, ela se move para nos acolher, alimentar e manter, com toda a fartura e generosidade de uma mãe.
Meu sangue voltou a correr nas veias e o que era férias de uma pessoa por 15 dias ida e volta, se transformou na minha viagem de 52 dias de grandes histórias!
Já me pediram um livro e quem sabe se tem alguém para ler?
Me diz aí, quer saber dessa história?
Vou contando por aqui enquanto estou já em outra estrada, agora Do Uai pra Riba!
Me acompanha também lá no Instagram: @forasteira.estradeira
… e no YouTube: Comer Rezar e Pilotar
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