O motociclismo começou no século XIX como modalidade exclusiva e própria para amadores, acontecendo porém que com o passar do tempo atividades profissionais surgiram.
Primeiro foram os clubes de competições em pistas de velocidade com pilotos contratados e remunerados; depois vieram os moto-boys, moto-fretes, e os moto-táxis, que nessas ecléticas atividades passaram a atender muitas das necessidades indispensáveis à sociedade, e para isso comprovar basta ver o trabalho que diuturnamente fazem através das entregas ou transportes de pessoas e objetos. Isso diariamente, seja debaixo de perigosa chuva ou do causticante sol.
Se de um lado temos os veteranos amadores que vêm mantendo a tradição do motociclismo clássico, do outro temos a modernidade por parte dos trabalhadores que utilizam suas motos para irem e voltarem do seu trabalho, em razão da grande economia nesse tipo de transporte, existindo também e principalmente os moto-profissionais que delas necessitam e muito as utilizam para ganharem o seu pão de cada dia.
Enquanto poucos eram esses moto-profissionais, silentes foram aturando as incompetências e os desmandos dos vários falsos estudiosos do trânsito, mas agora a coisa está mudando de figura em razão de fatos inconcebíveis continuarem acontecendo.
O caso mais recente dessas terríveis aberrações legais ocorreu na promulgação da Resolução 350 do Contran que, após deixarem motoprofissionais apreensivos e temerosos dos seus futuros, as grandes e sábias ‘otoridades’ dão o dito por não dito depois de vários dias da intensa expectativa sofrida por esses trabalhadores. Atitudes essas que mostram quão incompetentes são os autores e os apresentadores dessas leis.
Com isso o Contran finge que legisla; Detran simula que fiscaliza; e os moto-profissionais são obrigados a fingir que obedecem; ficando assim estes órgãos governamentais cada vez mais desacreditados e os profissionais injustamente desrespeitados. Sem falar no prejuízo pecuniário que esses trabalhadores sofrem, além de serem obrigados a enfrentar um trânsito cada vez mais caótico.
Mas como para tudo existe um limite, finalmente esses moto-profissionais acordaram mostrando agora seu “dedo gigante” através de uma unida e ordeira ‘motoata’, mas que serve como um aviso para o que poderá acontecer se essa incompetência e desleixo para com a classe continuar sem que sejam punidos os responsáveis por seus erros.
Isso porque, da mesma forma que impunidade gera violência, no trânsito a incompetência produz desastres.
Assim sendo, chega de marasmos, incompetência, irresponsabiliidade!
Que parem de colocar afilhados e puxa-sacos em cargos importantes, principalmente onde existe o risco de graves conseqüências e até mortes por má gestão ou ação.
Que fiquem portanto essas ‘otoridades’ sabendo ter sido dado um aviso e que então providenciem as mudanças necessárias, porque o gigante adormecido acordou mostrando do que será capaz.
E pelo tamanho do “dedo gigante”, largamente apresentado na ‘motoata’, já dá uma ideia das possíveis futuras consequências.
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