Harley-Davidson Sportster Seventy Two

Harley 110th Anniversary – Do’s & Don’ts

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Bem… Como todos já devem estar a par, uma vez que a noticia já circula desde o início do mês quando foram lançadas as novas Sportster Seventy-Two e a Softail Slim, a Harley sim irá seguir a tradição de, a cada 5 anos, realizar a sua comemoração de aniversário.

Estando presente nos “100 anos” em 2003, e nos “105″ anos em 2008, obviamente, pude observar e aprimorar algumas coisas em relação a uma viagem e outra, e claro, vamos passar algumas dicas para os nossos amigos Bikers que tem a intenção de ir a festa.

Primeiramente, devo ressaltar que, como é um evento de grande escala, é necessário um planejamento muito cuidadoso para evitar possíveis aborrecimentos de percurso, que são comuns em viagens e, principalmente, em termos de festas enormes como essa, com inúmeras atividades.

O primeiro passo deste planejamento, deve ser a decisão de “vou viajar sozinho, com um pequeno grupo de amigos, ou vou fazer parte de algum grupo de operadora de turismo”. Aqui, vamos ressaltar alguns pontos:

  • Viajar sozinho pode ser muito prazeroso, uma vez que a pessoa fica livre para aproveitar o passeio e conhecer lugares sem quaisquer impedimentos; porém, existe o inconveniente de não se conhecer o próprio “destino”, o que leva a “perdas de tempo” e não se ter muito com quem dividir as experiências.
  • Viajar com amigos requer que o grupo seja muito coeso e bem relacionado, para evitar aborrecimentos do tipo “fulano dormiu além da hora e perdemos a atração X”, “fulano quer comer em restaurante caro e eu quero gastar pouco”, etc….É importante que o grupo de amigos seja muito homogêneo na forma de pensar, para poder melhor aproveitar a viagem.
  • Se embrenhar com uma operadora de turismo tem suas vantagens e desvantagens. A maior vantagem é, talvez, ter a possibilidade de contar com o “expertise” de alguém que já foi a um evento deste porte e então ter uma orientação mais direcionada da coisa; porém, a grande desvantagem, é que às vezes, o grupo é grande, heterogêneo e corre-se o risco de ficar preso em “programações” que nem sempre podem ser do interesse do viajante.

O segundo ponto a ser discutido é a estadia. Os hotéis devem ser reservados com no mínimo um ano de antecedência, se você tiver a intenção de ficar dentro de Milwaukee ou nas cidadezinhas próximas. Quanto mais tempo se perde “pensando” e se enrolando, tenha certeza que mais distante da cidade você ficará. Por outro lado, isso pode ser muito benéfico do ponto de vista que você circulará por estradas maravilhosas e terá vistas inesquecíveis…. Mas ficar distante do evento também pode significar perder atrações legais (devido aos horários), e claro, congestionamentos na hora de ir e vir… E lembrar que sempre a volta para o hotel pode ser cansativa e ainda rolar aquela preguiça básica. Minha recomendação, para evitar aborrecimentos, é não ficar mais do que 30 milhas distante de Milwaukee. Caso contrário, ficará longe e levará a mais aborrecimentos.

A grande e imensa maioria dos hotéis lota rapidamente quando abrem-se as reservas – o que já aconteceu! Abriu-se primeiro para os membros do HOG e logo nas primeiras 24 horas, boa parte dos hotéis dentro de Milwaukee já estava com lotação máxima. O mesmo já ocorreu quando foram abertas as reservas para o público geral.

Se você dormiu no ponto e não conseguiu nada, minhas sugestões são duas: ou reserva o que se tem disponível e fica de olho para uma possível desistência, já que o cancelamentos das reservas podem ser feitos até o mês de junho de 2013, ou junte-se a alguma operadora, que normalmente tem hotéis bloqueados. Mas deixe claro que você está ali no grupo apenas pelo hotel, e não pela programação.

A terceira decisão a ser pensada seria: “alugo ou não uma moto?”

Aqui temos alguns pontos interessantes a ser discutidos. Devo primeiro dizer que apesar da programação completa ainda não ter sido anunciada, mas tendo como parâmetro as festas anteriores de 95, 100 e 105 anos, posso afirmar, com certeza, que haverão diversas rotas saindo de pontos distintos dos EUA com o destino final em Milwaukee.

Se você tem tempo e dinheiro disponível para tal, é uma experiência muito legal e requer um planejamento ainda mais minucioso a respeito de onde pernoitar nas paradas. Normalmente, são grupos enormes que vão ficando cada vez maiores conforme vai se chegando perto do “Ninho da Águia”. Além disso, há a oportunidade de viajar e manter contato com os grandes executivos da companhia, que normalmente capitaneiam estas rotas. Além disso, você passará por cidades nos EUA que regularmente não são tão turísticas assim e que você talvez não visitasse em uma viagem comum.

As operadoras de turismo também oferecem rotas tipo “Ride Home” com a vantagem de você não ter que se preocupar com a hospedagem ou o aluguel da moto.

Estacionamento de motocicletas durante as
comemorações do 105th aniversário da marca.

Se o tempo e o dinheiro são uma limitação, uma coisa que normalmente é feita é  viajar a “perna final”, ou seja, ir de avião até Chicago –  por exemplo – e de lá seguir para Milwaukee, seja com um carro ou uma moto.

Na cidade, quem já foi a grandes eventos como Daytona e Sturgis, sabe que circula-se muito pouco com a moto devido ao grande tráfego e à proximidade entre as atrações principais. Considere o fato de que o aluguel de uma motocicleta é mais caro do que um carro, e que a moto provavelmente ficará parada a maior parte do tempo, a não ser que você decida que vai ficar rodando pela região ao invés de visitar exposições e ver shows. Além disso, considere, também, o fator “compras’. Inevitavelmente elas acontecerão e carregá-las em uma moto (com excessão das Tourings e motos com “saddlebags”), não é exatamente uma tarefa muito simples.

O quarto ponto que devemos discutir é o planejamento minucioso de “o que fazer na cidade?” Na cidade em si, além da Harley, há outras atrações interessantes como a fábrica da cerveja Miller, o museu de propaganda (um must para quem trabalha na área), a Capt. Pabst Mansion (relacionada a cerveja Pabst), entre outros. Mas, claro, a principal atração da festa são os eventos relacionados a própria Harley. Mais uma vez, tomando como parâmetro as festas anteriores, há muito o que se fazer e principalmente shows de artistas muito legais acontecendo no mesmo momento (o chato é ter que escolher um para ir).

Normalmente, os eventos ocorrem da seguinte forma:

  • visitação aos escritórios do Headquarters em Juneau Ave, e as fábricas de Pilgrim Road e Menomonee Falls (para quem não se lembra, o centro de distribuição em Franklin e a fábrica de Capitol Dr. foram fechados);
  • visitação ao Museu da Harley;
  • atividades no Veteran’s Park, com o provável show de encerramento por lá;
  • atividades no Summerfest Grounds, com diversos shows em tendas separadas;
  • o tradicional “HOG Hospitality, área” para os membros;
  • celebração do aniversário do HOG no estádio do Milwaukee Brewers, que é o Miller Park . Normalmente, é esse evento que abre as comemorações de aniversário;
  • “parada” de motocicletas nas principais ruas da cidade.

Além disso, existem os chamados“block parties”, onde os bares fecham as ruas e acontecem festas comemoradas no melhor estilo “Mardi Gras”.

Como tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, é importante que se observe a exata programação do que está rolando, e onde, para não perder eventos muito legais.

A respeito dos shows, a grande maioria estará inclusa no seu ticket package, ou seja, para você ter acesso às atrações, será necessário a compra deste, que incluirá o seu ingresso e mais alguns ” cacarecos” de brindes. Este ingresso, normalmente, dará acesso a exposições no SummerFest Grounds e Veteran’s Park, e também a outras áreas gerais.

O Museu, shows de encerramento e HOG Anniversary, geralmente, requer que você compre ingressos separadamente. O custo é interessante e, normalmente, vale a pena. Em 2008, pude assistir Kid Rock na festa do HOG, Foo Fighters e Bruce Springsteen, dessa forma, com ingressos comprados separadamente.

E, finalizando, conforme a Harley divulgar as atividades, novas dicas serão postadas nessa coluna.

Na nossa próxima conversa, falaremos de bares e restaurantes para uma bela refeição na cidade, que vale a pena ser visitados.

See ya on the Road (e em Milwaukee em ’13)

Daniel Morel é oncologista e colunista do blog Bros & Bikers na coluna Doctor Dan.


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