5º Dia – São Gabriel do Oeste – Icaraíma

Pulei cedo da cama e antes das 8 horas já estava na estrada. É inevitável, todo dia pela manhã, sentir aquela dorzinha nas mãos e antebraços quando você faz as primeiras trocas de marcha e acelera, mas depois acostuma.

A BR 163 continuou me surpreendendo positivamente: estrada boa e obras correndo. Tinha fluxo de veículos, mas não era truncado como eu imaginava. Quando aos caminhoneiros, não sei se é porque a XTzona é brava à beça, mas não tive nenhum problema com eles, pelo contrário, algumas vezes, quando o acostamento era bom, eles até saiam de lado pra eu ultrapassar quando não havia visibilidade pra mim!

Chegando a Campo Grande, a BR me jogou pra dentro da cidade sem eu perceber. Cidade grande é complicado. Pedi informação para um motociclista e fomos meio que conversando por uns 3 sinaleiros. Quando ele viu minha placa disse: “- rapaz, sabe que eu tenho vontade de qualquer dia fazer uma loucura assim de moto?” rsrsrs, Falei para ele: “- vai fundo parceiro, é só planejar bem que é tranquilo.” 🙂

Voltei para a estrada em direção a Dourados. Nessa cidade teria uma parada especial: a visita ao amigo Aldo! Nos conhecemos há poucos dias virtualmente, em função da minha viagem, mas ele me recebeu em sua casa como se fôssemos amigos de longa data. 🙂 Fiquei lá por quase duas horas, conversando com ele, seus filhos e sua esposa. Valeu Aldo!!!

Peguei a estrada rumo ao meu Paranazão! Já no fim da tarde, após passar por Naviraí, sai da BR 163 depois de cruzar o Mato Grosso do Sul quase inteiro por ela. Peguei a BR 487 que me levaria até meu Estado. Já na divisa com o Paraná passei por umas pontes inclinadas, bem legais. Me arrependo de não ter tirado fotos. Andei mais uns 20 km e cheguei à cidade de Icaraíma. Passavam das 18 horas e resolvi ficar por ali.

Entrei na cidadezinha, dei uma volta e resolvi parar pra comer um espetinho. Logo comecei a conversar com o senhor que estava vendendo e mais outros que estavam sentados ali. Conversa vai, conversa vem e de repente ele solta uma daquelas pérolas rsrs: “- O problema de viajar de moto é que você pega muita tristeza na estrada”. Fiquei olhando pra ele sem entender muito e então ele completou: “- É chuva, é frio, é poeira…” kkkkkk Dei risada e tentei explicar que de moto a gente não admira a paisagem, a gente faz parte dela e que tudo isso vem no pacote rsrs.

Esse mesmo senhor me explicou como eu chegaria ao Hotel Primavera, que segundo ele era o melhor da cidade. Realmente muito bom, hotelzinho pequeno, mas de primeira qualidade, e barato. Quem me atendeu lá foi o Luiz. Muito atencioso, conversamos sobre motos, cidades e, no dia seguinte, enquanto tomava meu café da manhã (excelente), perguntei a ele sobre a estrada, ele fez questão de pegar o notebook e me mostrar o melhor trajeto. Valeu pela atenção Luiz!

Ainda à noite, aconteceu algo que me deixou chateado por dias e me fez perder bastante tempo pesquisando na internet… Eu estava relaxando no quarto e selecionando as melhores fotos da viagem: “- Essa é boa, essa é boa, essa é boa”, já tinha escolhido umas 15 eu acho, de repente apareceu uma ruim: “já vou deletar essa!” Adivinhem o que aconteceu?! Deletei todas as melhores fotos que eu já tinha selecionado!!! Que burrice! Um segundo de bobeira… Ainda bem que deu pra recuperar algumas que eu tinha enviado por WhatsApp. Depois dessa só me restava tentar dormir, porque no dia seguinte eu ainda teria quase 700 km de estrada e, cansado ou não, de noite ou de dia, eu queria chegar em casa!

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Números do dia:

Distância percorrida: 609 km
Horas na estrada: 10h30 / horas parado: 3h / horas rodando: 7h30
Média de velocidade com paradas: 58 km/h / sem paradas: 81 km/h
Média de consumo: 20,1 km/l
Hotel: R$ 60,00


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