3º dia – Pedra Preta – Chapada dos Guimarães

Fui para a estrada às 9 horas (lembrando que todas as minhas marcações foram baseadas no meu horário PR, e não no fuso do MS ou MT, que é 1 hora menos). Continuei pela BR 364 sentido Rondonópolis. Como o dia seria bem mais curto, achei que não teria nenhum tipo de surpresa hehehe…

Em um trecho a partir de Rondonópolis, a BR 364 coincide com a BR 163. Pouco antes de Jaciara, sai delas e entrei na MT 344 sentido Dom Aquino. Estrada com piso bem irregular e bem no meio da natureza mesmo. Apesar disso, deu pra desenvolver boa velocidade e logo cheguei a Campo Verde. Eu sabia que chegando por ali o meu destino estaria à esquerda. Não havia nenhuma sinalização para a Chapada. Virei à esquerda e fui, mas meio desconfiado e olhando no mapa. Até que vi que entrei na BR 070, que também é MT 140. Depois de 20 km e bem desconfiado, encontrei uma alma viva e ele me confirmou que eu estava no sentido errado :/ Lá se foram 40 km e 40 minutos. Voltei para Campo Verde, andei um tanto dentro da cidade e achei a continuação da MT 344. Depois de mais um tanto andado, cheguei aonde eu achei que já tinha chegado. Mesmo assim fiquei na dúvida. Um trevo sem nenhuma sinalização para a Chapada. Tem um posto de gasolina bonito nesse trevo, entrei para a esquerda, andei um pouquinho e não vi nenhuma indicação. Resolvi voltar até o posto e me certificar, assim já aproveitava e descansava um pouco. Realmente o sentido era para a esquerda, mas fiquei indignado pelo fato de um ponto turístico do porte da Chapada dos Guimarães não ter nenhum tipo de sinalização.

A parada no posto valeu a pena: encontrei dois viajantes BR’s, acho que pai e filho, numa V-Strom. Estavam vindo da Chapada, eram de Campinas e agora iriam pra Brasília. Quando me falaram que na Chapada estava pura neblina, que não se enxergava nada, eu duvidei. O céu estava lindo!?!?

Viagem de moto até a Chapada dos Guimarães

Segui viagem. A partir dali estava na BR 251… Uns 25 km depois parei pra tirar umas fotos bem legais de uma árvore que achei majestosa, muito legal mesmo. Aproveitei pra colocar minhas luvas, pois vi que o tempo estava fechando e, pouco tempo depois, vi que eles não estavam mentindo, “entrei nas nuvens”. Foram mais ou menos 30 km de uma neblina densa e com rajadas de garoa como eu nunca vi na vida! As rajadas de garoa não deixavam andar de viseira aberta, chegava a doer os olhos e não havia como mantê-los abertos. Pilotei o trecho todo com uma mão no guidão e a outra passando na viseira constantemente, não dava pra enxergar nada, tudo branco. Tentei acompanhar alguns carros à frente, mas não me senti seguro. A visibilidade dentro do automóvel é infinitamente melhor e conseqüentemente dá pra desenvolver mais velocidade. Todo mundo de pisca alerta ligado. Ainda bem que a XT também tem. Aquele foi o único momento da viagem em que pensei: “se eu pudesse colocar essa moto em cima de um caminhão até sair dessa neblina eu colocaria” e olha que não sou de fugir de desafios, mas eu não estava me sentindo nem um pouquinho seguro. Prossegui bem devagar e com a máxima atenção. Parar não ia resolver mesmo né…

Mais à frente tentei acompanhar outro carro e tomei um susto quando ele freou de repente. Começaram a surgir lombadas, mas você só as via quando já estava em cima. Mantive distância e fui na boa…

Viagem de moto até a Chapada dos Guimarães

Enfim, cheguei à cidade, mas a visibilidade era a mesma da estrada rsrs.

Cheguei direto ao centro de informações turísticas e fui muito bem atendido, mas infelizmente não havia nada que eu pudesse fazer. Quando a neblina baixa na região, costuma levar 2 ou 3 dias para ir embora. Só me restava almoçar e descansar. E foi o que fiz. Procurei um restaurante e almocei tranqüilo, depois dei várias voltas pela cidade procurando um lugar pra ficar, lugares ótimos com um preço ótimo demais para o meu bolso (risos) e lugares bem ruinzinhos também. Acabei ficando na Pousada Portal, que seria um meio termo, mas depois acabei descobrindo que era menos de meio :/ Pontos positivos: ambiente simpático, cama boa, tv boa e moto na porta do quarto. Pontos negativos: chuveiro ruim, box (cortina e rasgada) ruim, um Mickey Mouse agitado andando pelo forro a noite inteira (sorte que era forro de PVC, bem fechadinho, então nem esquentei), wifi não pegava nem a pau dentro do quarto e, por último, o café da manhã conseguiu ser mais fraco que o do Hotel Bananeiro :/

Enfim, minha visita à Chapada foi nebulosa (risos), mas nem esquentei, dormi torcendo para o impossível acontecer: o tempo amanhecer mais aberto! Sonhar não custa nada 🙂

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Números do dia:
Distância percorrida: 297 km
Tempo na estrada: 5 horas – Tempo parado: 1 hora = Tempo rodando: 4 horas
Média de velocidade com paradas 59 km/h – Sem paradas 74 km/h
Média de consumo 23,1 km/l
Hotel R$ 80,00


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