Aproveitamos o feriado paulista de 9 de Julho, que ocorreu numa quinta-feira e partimos logo cedo, eram 7h15. Virgilio e eu já nos conhecemos no modo de pilotar, no posicionamento de cada um na estrada, etc.
e temos como característica imprimir um ritmo bom logo pela manhã, sempre respeitando os limites da estrada. Fazemos isto pois nunca sabemos como serão os desafios do dia, se teremos um transito mais pesado e ou mesmo algum obstáculo imposto pela estrada, quer seja pela sua qualidade, um eventual acidente ou, ainda, alguma morosidade por conta de serviços que, eventualmente, são realizados.
Gostamos de percorrer cerca de 600 km/dia, ou 10 horas de viagem por dia, já contando as paradas, de modo que possamos chegar ao nosso destino com segurança, ainda com claridade e com isto encontrar com facilidade o local onde pernoitaremos e também com um pequeno tempo para explorar um pouco a cidade de destino do dia.
Demos uma boa esticada da cidade de Valinhos até Pederneiras. Era feriado em São Paulo e a estrada estava com muito movimento de automóveis e, neste trecho da Rodovia 369, o desafio era localizar um posto de combustível. Observamos uma diminuição expressiva de postos na rodovia 369. A MidNight tem uma autonomia menor que a GS 1200 e um pouco antes de chegarmos à região de Pederneiras, já havíamos rodado cerca de 250km e eu estava queimando combustível da reserva. Diante da ausência de postos, decidimos entrar na cidade de Pederneiras para reabastecer. Fizemos isto e seguimos adiante.
Nossa próxima parada foi na Rodovia Marechal Rondon, na cidade de Coroados, pouco antes de Birigui e Araçatuba. Foi outra boa esticada de mais de 200 km. Este trecho tem boas estradas, todas de mão dupla e o visual bem característico da região, com cana de açúcar e madeira de reflorestamento, uma paisagem bonita e revigorante. O relógio marcava 13h40 e estávamos cerca de 200 km de nosso destino final deste primeiro dia.
Passamos por Birigui e Araçatuba e a paisagem mudou bastante. Agora observávamos mais o predomínio da pecuária. Logo passamos pelas cidades de Valparaiso, Muritinga do Sul e Andradina e na sequencia estávamos na fronteira entre os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Paramos na área de escape do posto da Polícia Militar Rodoviária para um pequeno descanso e assim, contemplar com calma a beleza do rio Paraná. Os 2 policiais que estavam em serviço se aproximaram e tivemos uma agradável conversa. Um deles havia trabalhado na região de Campinas e isto viabilizou conversarmos sobre nossas experiências nas estradas. Depois eles nos ofereceram café e água.
Estávamos prontos para a travessia e a fizemos em baixa velocidade, para que o Virgílio pudesse filmar aquele trecho. Eu não imaginava que havia uma hidroelétrica naquele local, a de Jupiá, que é administrada pela CESP. Tudo muito bonito e revigorante.
Feita a travessia, chegamos à cidade de Três Lagoas (MS), nosso destino final daquele dia, depois de percorrer 617 km. Seguimos para o hotel. A cidade é muito simples, um verdadeiro quadriculado e rapidamente chegamos ao Druds Hotel. Era algo ao redor de 16h30. O pessoal do hotel é simples, competente e muito amável. Nos instalamos e saímos para conhecer a orla do lago, um local bem feito e que os habitantes utilizam para caminhada e exercícios em geral. Vimos alguns restaurantes e lanchonetes no local (a maioria fechado ainda) e uma ou mais famílias de capivaras também. Aproveitamos para abastecer e, depois que fizemos o abastecimento, estacionamos as motos perto da loja de conveniências para que as bombas ficassem livres para outros veículos e nós pudéssemos calibrar os pneus e pagar o combustível. Um pequeno garoto, acredito que com menos de 5 anos de idade, se aproximou da minha moto. Ele estava com a mãe que tem uma CG 125 e estava calibrando os pneus. Perguntei se ele queria subir na minha moto e ele fez com a cabeça que sim, então o coloquei e deixei que ele desse partida e acelerasse um pouco, ele ficou super feliz. Depois ele continuou ao meu redor quando eu perguntei se ele desejava subir na GS do Virgílio e ele balançou a cabeça dizendo que sim, também subiu na moto, e deu partida e se divertiu um pouco. Isto aconteceu no posto Hirade & Hirade, que fica na Av. Filinto Muller, 645.
Momento de descansar, tomar um bom banho e, como sempre fazemos antes do Jantar, sentar ao redor de uma mesinha, tomar uma dose de bom scotch e conversar sobre o dia que estava prestes a ser finalizado e também aproveitar para revisar os planos para o dia seguinte.
Resolvemos jantar no hotel e, por conta disto, conhecemos o empresário do setor elétrico, o Claudio. Conversamos sobre muitos assunto e depois foi hora de dormir.
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