Depois de um café horrível com Nescafé em saquinho sem leite e um pão duro, fomos tentar comprar gasolina no galão que eu levava, só pra completar o tanque. O posto vendia para galão só após às 8 horas da manhã e já tinha fila de mulheres esperando pra comprar. Desisti e seguimos viagem assim mesmo.
A estrada já estava aberta, mas de repente os caminhos começaram a aparecer parados dos dois lados. Nós seguíamos pelo meio deles e quando dava, íamos pela esquerda atrás de carros que se arriscavam a passar os caminhões. Fazia muito calor, a moto aquecendo sempre e quase desligando, foi punk e cansativo. Passamos pela estrada que tinha sido arrumada e por outros vários trechos em construção. Estávamos numa serra e os caminhões não acabavam nunca. Asfalto ruim também, cheio de buracos e corcovas.
Continuamos nosso caminho em direção a Cochabamba e depois diminuiu a quantidade de caminhões. Chegamos a Cochabamba onde conseguimos abastecer em um posto novo. As meninas não queriam, mas conseguimos convencê-las a abastecer. Muito transito de tuk tuks e motinhos. Paramos num quiosque na beira da estrada onde comemos bolacha doce, Coca Cola e água. Encontramos um casal com um filho numa motinha que estudavam teologia na cidade.
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Continuamos viagem, a estrada ficou ruim de novo, estreita e com muitos pedágios, mas passávamos sem pagar. Até aquele lugar o visual era muito feio, cachorros, gente feia, pobreza, lixo e muitos carros. Dali em diante começou a aparecer um lago e o visual mudou. uma serra muito bonita com montanhas verdes que lembravam muito a Califórnia. Mas continuávamos encontrando buracos e os caminhões voltaram também.
Visual bonito da serra
Mais pra diante a estrada se tornou dupla com muito bom asfalto e visual lindo. Paramos pra tirar umas fotos.
Chegando na entrada de Oruro uma baita construção na praça, cheia de animais grandes, um visual bem diferente. Passamos e fomos em direção à cidade pra procurar um hotel. Minha amiga na frente e nós atrás. Entramos na muvuca de carros e gente e de repente a amiga sumiu. Não a achamos mais. Depois soubemos que ela virou à esquerda e nós não vimos. Depois de muito procurar nós dois conseguimos um hotel em frente ao mercado, apinhado de gente, um horror não dava muito pra andar com a moto, era uma sexta-feira. Ficamos num hotel chamado Galáxia, um pardieiro. Um quarto tiskinho e horrível. Depois soubemos através do WhatsApp que nossa amiga estava num outro hotel perto do terminal de ônibus. Ficamos separados nesse dia e na manhã seguinte nos reencontramos.
Percorremos 390 km.
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