Ainda na Costa Rica

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Pessoal, acabei ficando aqui mesmo em Jacó. Hoje acordei bem cedo, fui caminhar na praia (imagina!), e depois tomar desayuno. Encontrei no caminho uma loja de motos que tinha MOTUL à vontade (óleo do motor), de todos os tipos.
Então desencanei de ir pra Puntarenas, que é uma cidade maior. Minha segunda diária aqui no hoteleco tem desconto de dez dólares, então estou pagando setenta reais a diária, o que é um preço até bom, se considerarmos que tudo aqui está o dobro do preço, pois é alta estação. Aproveitei pra fazer a manutenção da moto, tipo calibrar pneus, abastecer, esticar corrente e lubrificar, verificar pastilhas, fiz uma gambia com tairapi no protetor de manete que quebrou, comprei o óleo e tal. Mandei lavar camisetas meias e cuecas. Principalmente, revisei o caminho até Palenque, no México, pois não tinha dado tempo de estudar muito. Eu estou com o guia Lonely Planet, em inglês, mas ele é muito bom. Tem sido a minha salvação, pois não estudei absolutamente nada sobre América Central. Mas tenho que me forçar um pouco a lê-lo quando chego aos lugares. Sem isso não sei onde ficar, nem pra onde ir. E ele é certeiro, mesmo eu entendendo só no máximo uns 50% do que está escrito.

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Depois dessas providencias, voltei à Playa Hermosa. A areia é tão quente, por ser preta, que queimei o pé. Nada importante, claro. Não dá pra entrar no mar, porque as ondas são punks. Só os surfistas mesmo. É rastafari loiro, muita vadiagem, e também maconha a rodo. Ontem vi a polícia guardando uns traficantes no camburão, na rua principal da cidadezinha. Foi até engraçado. Fiquei horas olhando a praia e o mar, muito bom poder relaxar um pouco, na verdade pela primeira vez na viagem. Tentei em Puerto Maldonado, mas não estava muito bem. Tentei um pouco em Bogotá, mas foi estressante. Agora sim, folguei mesmo.

Amanhã sigo pra Nicarágua. Próximas atrações: Antígua, na Guatemala, Palenque no México e New Orleans nos EUA. Fora disso é rodar e rodar até chegar, pois já é tempo.

Me acostumei bem com a rotina de comer melhor no café da manhã e depois só repor liquido com sais, entenda-se gatorade, e apenas jantar no final do dia, o mais que posso, com doces inclusive, pra repor calorias. Não me dá mais dor de cabeça, ficar muitas horas sem comer. Nosso corpo é mesmo muito adaptável. Nem fraqueza sinto mais. Mas acho que emagreci. Com certeza perdi muito do preparo físico e da massa muscular que tinha conseguido um pouco. O exercício na motoviagem não é muito saudável, acho.

Tirando aqui em Jacó, a viagem é uma maratona tridimensional. Exige atenção 100% na estrada, informações sobre lugares turísticos, caminhos, hotéis, restaurantes, burocracia, manutenção da moto, cuidados comigo mesmo pra não ficar doente, fotografias, comunicação com vocês, reflexões sobre história e cultura e memorização do que foi visto, questões de dinheiro, e é claro, sempre ligado aí em vocês. Tem algumas pessoas acompanhando a viagem. O Adilson e o Gerson (prof. mecânica) lá de Votorantim, Alysson, Júlio, Flávio, Cé, o Paulo, que é um motociclista de Recife do site Vangelis80, e o Gugu, um senhor de Taubaté que já fez muitas viagens e quer saber tudo desta. Pedem relatos e fotos (passei algumas que consegui baixar), e sempre muito entusiasmados.

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Um pouquinho da Costa Rica: país bem pequeno, ontem fiz metade dele, amanhã cedo a outra metade, com 4 milhões de habitantes, a capital é San José, mais ao centro, clima tipicamente tropical, a moeda é o colones, mas aceitam dólar numa boa. Cartão de crédito aqui passa como manteiga no pão, uma beleza! Muitos e muitos turistas, todos falando inglês. Devem ser americanos e ingleses, eu suponho, tipicos gringos. A Costa Negra fica no lado do Pacífico, e tem também o litoral caribenho, do outro lado, que deve ser o máximo. A vida aqui vai num ritmo tranquilo, de praia, e o que se ouve mais é “pura vida”, que corresponde ao nosso “legal”. Combina bem com o lugar. Na Costa Rica ganhei mais uma hora no fuso, estando agora três horas atrás do horário daí.

Já aprendi muita coisa em espanhol, mas ainda insuficiente. As pessoas me julgam francês ou me perguntam primeiro em inglês. Depois que começo a hablar, tudo muda …. rsrsrs. Vamos ver quando tiver que falar inglês, aiaiai.

Me acostumei a ficar sozinho. Hoje é meu 21o dia de viagem. Mas quando chegar aí quero rever todo mundo e marcar programas juntos.

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