Serras Catarinenses de moto

Quem for descer a Serra do Rio do Rastro (SC-438), recomendo uma parada no mirante do topo da serra, que tem uma vista espetacular, tomar um chocolate quente na lanchonete (se estiver frio tem até lareira), bater um papo com a dona (filha do primeiro desbravador que fazia entrega de correspondências nos anos 40/50) e ouvir as maravilhosas historias da serra.

O Ivan, dono da pousada Rio do Rastro Resort em frente (basta atravessar com cuidado a rodovia é outro “must see” ou “must stay” porque a pousada é um charme só) fala poeticamente que a serra é como uma mulher bela, sensível e ao mesmo tempo temperamental (novidade, hem?). Quando está romântica ela se despe do seu vestido branco etéreo e se mostra sem pudor (a serração vai embora). Quando está de mau humor ela se retrai, se cobre com esse manto branco e, recatada, ninguém mais a vê.

À noite é um outro espetáculo: por ter iluminação pública, é como um colar de contas luminosas serpenteando sem fim… Valem as duas experiências! Quando fui pela primeira vez fazia 2 graus negativos em São Joaquim! Era mais de meia noite e só alguns malucos foram conhecer a serra (Ruy Barbosa, Sergio “Brasanitas”, Wilmar e Vivi de Blumenau e eu).

Descendo, curta cada curva, pare para fotos nos locais apropriados (é tudo organizado e conta com lixeiras em cada ponto). Se houver caminhão em curva em sentido contrário, pare e espere porque eles são obrigados a usar as duas pistas.

Já no nível do mar chega-se em Lauro Müller.

Para a Serra do Corvo Branco (SC-439), um espetáculo à parte (uma das paisagens mais lindas que já vi!), andar 13 km na direção de Orleans, São Ludgero (+ 13 km) e Braço do Norte (+ 7,5 km). Entrar à esquerda em direção a Grão Pará (+ 15 km). Daí em diante são mais 30 km de estrada de terra com alguns trechos úmidos e muitos buracos o que dificulta muito para motos customs como nossas Harleys. Chegando ao pé da serra, apesar de o asfalto estar bem desagregado, é um alívio. É melhor que a terra e as paisagens são de tirar o fôlego. São um grande espetáculo e a serra sobe numa sequência de curvas 180 graus, quase na vertical, faceando paredões de rocha pura.

Tive que fazer subindo porque descendo, partindo de Urubici, o trecho de terra que antecede a descida estava muito molhado por conta da umidade que vem sempre da serra. Não fosse a experiência de off-road e traill que tenho, teria caído umas três vezes. Ou seja, não recomendo!

Chegando ao topo, uns poucos quilômetros depois, entre à esquerda na estrada do Morro da Igreja (na esquina tem uma vendinha com coisas da terra, muito bacana) e desfrute da super vista da Pedra Furada. IMPERDÍVEL.

Ah! Curta Urubici porque é um lugarejo super charmoso com excelentes restaurantes e pousadinhas!

Queria agradecer aos meus amigos Marilene Caixetinha, Ricardo Veado e Yáscara e Ivan e Neusa pela paciência em me esperar três horas entre subida e descida da serra, mas como disse pra turma, queria fazê-la por se tratar de foro intimo.

Agradeço também ao amigo Leonel e esposa, harleyros de Mato Grosso, pela preocupação “in loco” com minha aventura.

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